tag:blogger.com,1999:blog-24610528494315657662024-03-05T19:33:48.470+00:00Sentido dos LivrosLivros, escritores e editoras.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11815229386742038608noreply@blogger.comBlogger265125tag:blogger.com,1999:blog-2461052849431565766.post-60229705297360995532015-10-13T00:45:00.002+01:002015-10-13T00:45:16.406+01:00Os novelos de vozes de Svetlana Aleksievitch<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisVcmE8-qLRS3_N1LELlV8KL2OGErUSHzqCNQWXO6tI7hncFw_Bytpna0-87Aehr3tRzeQovacwl01p6_JEtaytE503goEYqGM6B2ztLQ1dlUgsdQFKCcCD7h9nIck15krhhXtnUj-muuU/s1600/Svetlana+Alexievich.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisVcmE8-qLRS3_N1LELlV8KL2OGErUSHzqCNQWXO6tI7hncFw_Bytpna0-87Aehr3tRzeQovacwl01p6_JEtaytE503goEYqGM6B2ztLQ1dlUgsdQFKCcCD7h9nIck15krhhXtnUj-muuU/s400/Svetlana+Alexievich.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A 8 de Outubro a Academia Sueca voltou a fazer das suas, embora desta feita sem surpresas. O nome de Svetlana Aleksievitch era desde o ano passado dado como um dos favoritos e a Ladbrokes apontava-a como a escolha preferencial, o que não significa que a autora fosse um nome sonante para os leitores de todo o mundo, porque não o era. Aliás, um pequeno inquérito no site do Nobel revela que em 7 mil pessoas 87% não leram nada de Svetlana Aleksievitch, grupo em que obviamente me insiro.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E assim foi, sem surpresa, com a Academia a teimar na sua recusa em equilibrar o peso do resto do mundo em relação à Europa. Não que isso me cause um particular mal-estar. Tenho uma relação muito compreensiva com a Academia e mesmo quando as suas escolhas me surpreendem, recaindo em escritores que desconheço, encaro esse facto como uma oportunidade de conhecer um novo autor. Dão-te limões, faz limonada.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Dediquei-me então a perceber quem era esta autora bielorrussa, que a Academia considerou ser merecedora da maior distinção do mundo literário, e deparei-me com uma agradável surpresa. Com um percurso ligado ao jornalismo, Svetlana tem uma técnica de escrita muito peculiar: escolhe um tema e recolhe testemunhos, muitos testemunhos relacionados com esse tema, procurando humanizá-lo. Assim aconteceu em relação à queda da URSS e a Chernobyl. Desses testemunhos apenas alguns sobrevivem e chegam ao livro, modelados pela autora em curtos textos, formando no conjunto aquilo a que inspiradamente chamou novelos de vozes.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-GB">Mas para quem pensa que o seu papel é fácil Svetlana, em <a href="http://www.dalkeyarchive.com/a-conversation-with-svetlana-alexievich-by-ana-lucic/" target="_blank">entrevista ao Dalkey Archive Press</a>, alerta: “my role is not just that of an ear eavesdropping in the street, but also that of an observer and thinker. To an outsider it may seem a simple process: people just told me their stories. But it’s not really so simple. It’s important what you ask and how you ask it and what you hear and what you select from the interview. I think you can’t really reflect life’s broad scope without the documentation, without the human evidence. </span>The picture will not be complete”. E na <a href="http://www.nobelprize.org/nobel_prizes/literature/laureates/2015/alexievich-interview.html" target="_blank">entrevista para o site do Prémio Nobel</a>, instantes após ter sido informada da vitória, reitera: “I never accept the role of a judge, I am not a cool chronicler. <span lang="EN-GB">My heart is always there.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-GB"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal">
Perseguida pelo regime de Alexander Lukashenko, a obra de Svetlana é praticamente desconhecida no seu país natal, o que não impediu que no exterior tenha servido de inspiração à intensa e bela “The Door”, curta-metragem dirigida por Juanita Wilson, distinguida com uma nomeação ao Óscar na categoria“Best Live Action Short Film”.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/Qn99F3X_LDQ/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/Qn99F3X_LDQ?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Não podemos descurar a componente política da vitória de
Svetlana. Sim, é uma escritora com uma obra original e com preocupações sociais,
mas numa altura em que a Rússia é criticada em várias frentes pelos
desrespeitos pelos Direitos Humanos e em que a situação da Ucrânia (país em que
Svetlana nasceu, filha de mãe ucraniana) está ainda bastante fresca na nossa
memória, este prémio é, para além do reconhecimento do valor literário da obra
de Svetlana Aleksievitch, um apoio claro às vozes críticas do regime russo,
muitas vezes silenciadas pelo regimes.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<h3>
<br /></h3>
<h3>
Svetlana Aleksievitch em Portugal</h3>
<div>
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="http://www.wook.pt/ficha/o-fim-do-homem-sovietico/a/id/16248439" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;" target="_blank"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZwtH1fm0vT1-2b9bn3O8E8pFYipc6GlbXaXZdtkgqgh1Z-mLLMYspYt5Zgxpb0XWJAZ2gBHr2xDYKw-2P41W5iU2NP2ugZf2iqk7ty9DM5tXOR0hE2CtUiQjikbvdRbm7jvdyxHPcfSk2/s200/O+Fim+do+Homem+Sovi%25C3%25A9tico.jpg" width="129" /></a><br />
A Porto Editora parece ser dotada de clarividência e, pelo segundo ano consecutivo, tinha nas suas fileiras o autor vencedor do Nobel. “O Fim do Homem Soviético” foi uma das novidades desta rentrée literária, certamente inspirada pelo favoritismo de Svetlana em 2014. Mas não é a Porto Editora que irá editar o próximo livro da autora no nosso país, essa honra caberá à Elsinore, que tem preparada para 2016 a edição de “Vozes de Chernobyl” (titulo ainda provisório), a assinalar os 30 anos do desastre nuclear. E para já é com o que podemos contar. Se novos livros de Svetlana Aleksievitch chegarão ou não até nós, só o tempo o irá, mas suspeito que as editoras portuguesas não correrão exultantemente pela obra da autora. Esperemos que me engane.<br />
<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11815229386742038608noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-2461052849431565766.post-12650840855892590522015-10-07T23:06:00.001+01:002015-10-07T23:06:46.327+01:00Candidatos portugueses ao Nobel da Literatura (parte 2)<div class="MsoNormal">
Há 2 anos dediquei-me à hercúlea tarefa de calcorrear a base
de dados de nomeados ao Nobel da Literatura até 1950, em busca de candidatos
portugueses e publiquei nessa altura<a href="http://sentidodoslivros.blogspot.pt/2013/09/candidatos-portugueses-ao-nobel-da.html" target="_blank"> um artigo que agora se poderá considerar como uma primeira parte deste</a>. Desde então a Academia
disponibilizou mais dados, permitindo que acompanhemos o processo de nomeação
até ao longínquo ano de 1964 e, desde 1950 até essa data, surgiram mais nomes de
autores portugueses.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Na verdade são 4 os nomes portugueses apresentados ao
julgamento da Academia entre 150 e 1964, um deles já anteriormente nomeado.
Falo de Júlio Dantas, que em 1951 foi nomeado pelo antigo Primeiro-ministro
sueco Hjalmar Hammarskjöld e pela Academia Brasileira. Mas como já falei com
maior detalhe sobre este autor no artigo anterior, vou escusar-me a repetições
e focar-me nos 3 nomes novos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<h3>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvculTiluxGoH7GIPl9ZyJrXP8lQfJztU3VSIWz9pux0Jmv7kSzITil5ZkLcHzSHjIcN1DAsMP9KD2VKpcqQCNr6_bBJVCzQqLUDYdEdB8R3zkhHq9sY9DyXyvNN_Y8JgIWA4gXm5xhMqJ/s1600/Ferreira+de+Castro.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvculTiluxGoH7GIPl9ZyJrXP8lQfJztU3VSIWz9pux0Jmv7kSzITil5ZkLcHzSHjIcN1DAsMP9KD2VKpcqQCNr6_bBJVCzQqLUDYdEdB8R3zkhHq9sY9DyXyvNN_Y8JgIWA4gXm5xhMqJ/s200/Ferreira+de+Castro.jpg" width="146" /></a></h3>
<h3>
Ferreira de Castro</h3>
<div>
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Sofrido escritor português que se viu obrigado a emigrar
para o Brasil aos 12 anos e que, após algum sucesso no outro lado do Atlântico,
volta a Portugal para uma vida de miséria, a que apenas o seu génio conseguiu
pôr fim com a publicação de “A Selva”. Para quem muitas vezes quase nada teve
para comer, as nomeações ao Nobel pelo professor dinamarquês Holger Sten e em
1952 pelo historiador João de Barros devem ter-lhe sabido particularmente bem.
E melhor lhe teria sabido saber que não cairia no esquecimento, e que 40 anos
depois da sua morte a <a href="http://www.cavalodeferro.com/index.php?action=manufacturer_info&manufacturers_id=115" target="_blank">Cavalo de Ferro assumiria o compromisso de trazer de volta ao grande público a sua obra</a>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<h3>
Aquilino Ribeiro</h3>
<div>
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6fpig-gZowEf2RbRa95sMP87RdjD4ds_scjciOU6e62q9ibjNDa-VgGvb-txMo9L9xMuGCDn3vAJb6SNDG8_HaQaFtiAXiuB8hNNDlS6Y7pf9nQw9G3BgmQ6QX3dhwpPVvzBEmAao_Aa1/s1600/Aquilino+Ribeiro.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="184" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6fpig-gZowEf2RbRa95sMP87RdjD4ds_scjciOU6e62q9ibjNDa-VgGvb-txMo9L9xMuGCDn3vAJb6SNDG8_HaQaFtiAXiuB8hNNDlS6Y7pf9nQw9G3BgmQ6QX3dhwpPVvzBEmAao_Aa1/s320/Aquilino+Ribeiro.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
De anarquista perigoso, várias vezes detido, a ilustre
membro do Panteão Nacional, Aquilino Ribeiro teve uma vida muito atípica que
nos legou uma obra que muitos consideram como uma das mais importantes das
Letras portuguesas. A prová-lo está a nomeação em 1960 ao Prémio Nobel da
Literatura pela Sociedade Portuguesa de Autores, que contou com a subscrição de
nomes como Cardoso Pires, Vergílio Ferreira, Alves Redol, Vitorino Nemésio e
Urbano Tavares Rodrigues. Também Aquilino sobreviveu às agruras do tempo, sendo
de elogiar a persistência com que a <a href="http://www.bertrandeditora.pt/autores/ficha?id=4989" target="_blank">Bertrand tem reeditado a sua obra</a>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p><br /></o:p></div>
<h3>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjfaZx7ztjGRO8vrPkNIoXVs50plwOYiAcDKdkyWM7z5-vQY2B79HSpwHaraF_dhvtDlzQ_gAB1y6xyVLdD5gB5EJQAmk38-Op3anRtnNF4XMRLtx1hmoBcFd8s_WsjZC5jLr2O0V4zsoc/s1600/Miguel+Torga.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjfaZx7ztjGRO8vrPkNIoXVs50plwOYiAcDKdkyWM7z5-vQY2B79HSpwHaraF_dhvtDlzQ_gAB1y6xyVLdD5gB5EJQAmk38-Op3anRtnNF4XMRLtx1hmoBcFd8s_WsjZC5jLr2O0V4zsoc/s200/Miguel+Torga.jpg" width="188" /></a>Miguel Torga</h3>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Um nome incontornável da literatura portuguesa, Miguel
Torga, de seu verdadeiro nome Adolfo Correia da Rocha, foi médico para além de
escritor. Mas em vez de o distrair da escrita, a sua profissão fortaleceu a sua
consciência do outro, já bastante alimentada pelas suas origens humildes. Torga
foi continuamente nomeado ao Nobel entre 1959 e 1962, sempre pela mão de
professores universitários, entre os quais Émile Planchard e Hernâni Cidade.
Também a sua obra sobreviveu e tem merecido <a href="http://www.leyaonline.com/pt/pesquisa/pesquisar.php?chave=miguel+torga" target="_blank">belíssimas edições da D. Quixote</a>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p><br /></o:p></div>
<h3>
E em 2015? Vamos ter um Nobel de língua portuguesa?</h3>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
É possível. As minhas apostas são exactamente <a href="http://sentidodoslivros.blogspot.pt/2014/10/especulacoes-sobre-o-premio-nobel-da.html" target="_blank">as mesmas que no ano passado</a>, porque os pressupostos se mantém. A Academia continua em dívida
para com a língua portuguesa e África, o que torna Mia Couto numa possibilidade
muito apetecível. Por outro lado, ao falar de escritores em língua portuguesa é
difícil não olhar para o Brasil e Ferreira Gullar permanece em evidência, tendo
alguma projecção internacional. Mas a Academia pode bem focar-se apenas no
factor África e, se assim for, Ngũgĩ wa Thiong'o tem sido apontado como um
favorito.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mas este ano avanço com outro cenário: após entregar o
prémio a Modiano, um autor quase desconhecido a nível internacional, talvez a
Academia queira apresentar este ano um escritor de grande perfil. E nesse caso
surge outra área geográfica onde proliferam grandes autores e escasseia o reconhecimento
do Nobel: os EUA. Philip Roth é o nome óbvio, mas tendo parado de escrever parece-me
pouco provável que a Academia o eleja, parecendo-me que há outra hipótese
aliciante: Joyce Carol Oates. Mas os desígnios da Academia são insondáveis e quase
certamente o escolhido será uma enorme surpresa para todos. Veremos, dentro de
algumas horas…</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11815229386742038608noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2461052849431565766.post-60421015916301156012015-09-22T01:04:00.001+01:002015-09-22T01:10:12.950+01:00A shortlist do The Man Booker Prize 2015<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaBSjqhnm5pcmxl2__d-hzZQeDJzLLiPTyDAcSUznbsaN7rpUk6eGXeTfm20_h5ficWGzIAdnnagi-CkFekxXZz1L4amBHAMO3V8HnXAUFUYTwQNlrk-_p0ASsFUdwJkMf7XFncKH8BXlo/s1600/Shortlist.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="100" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaBSjqhnm5pcmxl2__d-hzZQeDJzLLiPTyDAcSUznbsaN7rpUk6eGXeTfm20_h5ficWGzIAdnnagi-CkFekxXZz1L4amBHAMO3V8HnXAUFUYTwQNlrk-_p0ASsFUdwJkMf7XFncKH8BXlo/s400/Shortlist.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
E de 13 restam 6 livros na corrida para vencer o The Man Booker Prize 2015, um dos prémios literários de maior prestígio o mundo, ficando pelo caminho “Lila” de Marilynne Robinson, talvez a autora mais consagrada do grupo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Dos 6 livros que integram a shortlist, 2 pertencem a autores ingleses (Tom McCarthy e Sunjeev Sahota), outros 2 a autores americanos (Anne Tyler e Hanya Yanagihara), havendo ainda lugar para o jamaicano Marlon James e o nigeriano Chigozie Obioma.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O vencedor será conhecido no dia 13 de Outubro, mas para já deixo-vos com um cheirinho de cada um dos livros.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<br /></div>
<h3>
<span lang="EN-US">“A Brief History of Seven Killings” de Marlon James</span></h3>
<div>
<span lang="EN-US"><br />
</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/CDPf2dPzqdQ/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/CDPf2dPzqdQ?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<br /></div>
<h3>
<span lang="EN-US">“Satin Island” de Tom McCarthy</span></h3>
<div>
<span lang="EN-US"><br />
</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/jr7i6lB84Hc/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/jr7i6lB84Hc?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<br /></div>
<h3>
<span lang="EN-US">“The Year of the Runaways” de Sunjeev Sahota</span></h3>
<div>
<a href="http://www.bbc.co.uk/programmes/p02yb5q1" target="_blank"><span lang="EN-US"></span></a><br />
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US"><a href="http://www.bbc.co.uk/programmes/p02yb5q1" target="_blank">Entrevista à BBC Radio 4</a>.<o:p></o:p></span><br />
<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<h3>
<span lang="EN-US">“The Fishermen” de Chigozie Obioma</span></h3>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US">“Part of the novel’s impulse is that I have been looking for a way to capture what I feel is an elemental dilemma of the situation in Nigeria: Why is it that Nigeria can’t progress? We have abundant oil, a strong elite educated class, a sizable youth population of 70 million under 35 years old. Why are we still backwards as a people? The issue I think lies in the foundation itself. The distinct tribes, like Yoruba and Igbo, they are their own states. They used to have no contact and they progressed in their own way. But then a colonizing force came in and said, “Be a nation.” It is tantamount to the prophecy of a madman. Why are we subscribing to this British idea of a nation? </span>Why can’t we decide for ourselves?”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Excerto de uma <a href="http://www.michiganquarterlyreview.com/2015/04/of-animal-metaphors-and-the-british-legacy-an-interview-with-chigozie-obioma/" target="_blank">entrevista ao Michigan Quarterly Review</a>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<br /></div>
<h3>
<span lang="EN-US">“A Spool of Blue Thread” de Anne Tyler</span></h3>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US">“The Whitshank family – Red and Abby, now in their early old age, and their two sons, two daughters and numerous grandchildren – cleave to the myth of family precisely because they lack an elaborate foundation story. Their “patriarch”, Junior, is Red’s late father, a carpenter who dreamed and schemed his way to establishing the family’s rather grand and much-admired house, which becomes central to both their story and the novel’s. The shortness of their family tree means “they didn’t have that many stories to choose from. They had to make the most of what they can get”, and such characteristics as they have managed to build up are pretty self-effacing: they pride themselves on not being melodramatic, and their tendency to pretend things are going to turn out fine even leads them to deny their own mortality. “Whitshanks didn’t die, was the family’s general belief. Of course they never said this aloud. It would have seemed presumptuous.” (Not to mention the fact that some of them have died already.)”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal">
Excerto da <a href="http://www.theguardian.com/books/2015/feb/04/a-spool-of-blue-thread-anne-tyler-review" target="_blank">crítica do The Guardian</a>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<br /></div>
<h3>
<span lang="EN-US">“A Little Life” de Hanya Yanagihara</span></h3>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US">“The novel, which is both a dislocating meditation on the trauma of child sexual abuse, and a moving tribute to the possibilities and limitations of adult male friendship and love, was widely greeted as a book of landmark honesty – “the most ambitious chronicle of the social and emotional lives of gay men to have emerged for many years” – on publication in America in the spring (though some critics found its graphic descriptions of sexual violence both voyeuristic and too much to bear).”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US"><br />
</span></div>
Excerto de um <a href="http://www.theguardian.com/books/2015/jul/26/hanya-yanagihara-i-wanted-everything-turned-up-a-little-too-high-interview-a-little-life" target="_blank">artigo do The Guardian</a>.<br />
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11815229386742038608noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2461052849431565766.post-64313878276822890822015-09-10T00:54:00.002+01:002015-09-10T00:54:13.114+01:00A dependência dos livros – edição Agosto de 2015<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh94sBifIW1e_3tTtwFL64KWmOrxF_ffDUsrWzoCxUJbV0Z3oH5eNbeyd8T4rrQpPBl6knZ6a6Vfywdww-VGk9YvfziKbSXSQXU3wNB_Z1Ioafb3I9Oyy6D_3osVjH38GG5tHidPUM77-E6/s1600/Compras_Agosto+2015.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh94sBifIW1e_3tTtwFL64KWmOrxF_ffDUsrWzoCxUJbV0Z3oH5eNbeyd8T4rrQpPBl6knZ6a6Vfywdww-VGk9YvfziKbSXSQXU3wNB_Z1Ioafb3I9Oyy6D_3osVjH38GG5tHidPUM77-E6/s320/Compras_Agosto+2015.JPG" width="230" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
Agosto já pertence ao passado, mas ainda estão bem presentes
na minha memória as boas compras que fiz no mês que passou, graças sobretudo às
excelentes promoções que já se tornaram um hábito no Verão.</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A Wook é a esse nível sempre tentadora e voltou a não
desiludir com “<a href="http://www.wook.pt/ficha/para-onde-vao-os-guarda-chuvas/a/id/15248888" target="_blank">Para Onde Vão os Guarda-Chuvas</a>”, o meu primeiro livro de Afonso
Cruz, e “<a href="http://www.tintadachina.pt/book.php?code=b21e2f135141a0ec1fc6aabbae7825fd" target="_blank">De Mim Já Nem Se Lembra</a>” de Luiz Ruffato com 40% de desconto. E mais
uma oportunidade para acrescentar um livro de Alice Munro à minha biblioteca,
desta feita “<a href="http://www.wook.pt/ficha/demasiada-felicidade/a/id/10312994" target="_blank">Demasiada Felicidade</a>”, que a Wook me acenava com 30% de desconto.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Também a Antígona fez das suas e entre vários livros em
promoção aparecia o clássico ”<a href="http://loja.antigona.pt/product/ondina" target="_blank">Ondina</a>” de La Motte-Fouqué a metade do preço. O
que pode haver melhor do que isso? Só se a essa encomenda acrescentarmos outra de
saldos da The Folio Society, e pouparmos cerca de 13 libras na compra de “<a href="http://www.foliosociety.com/book/GDB/good_behaviour" target="_blank">Good Behaviour</a>” de Molly Keane.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E só para não deixar dúvidas do sucesso das compras de
Agosto, após uma busca desenfreada lá encontrei “Uma Aventura do Marquês de
Bradomín” de Teresa Veiga, que se encontrava esgotado, à venda no site da
livraria <a href="http://www.livrariasidarta.pt/" target="_blank">Sidarta</a> a uns meros 7.5€. Pena foi pouco depois ter descoberto que a
Tinta-da-China se preparava para reeditá-lo...</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11815229386742038608noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2461052849431565766.post-10457958139653268342015-09-01T00:08:00.001+01:002015-09-01T00:08:08.324+01:00Em estado crítico: “Pastoral Americana” de Philip Roth<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.leyaonline.com/pt/livros/literatura/literatura-classica/pastoral-americana/" target="_blank"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhn77ezz5v-k2Tpj6o-19iSL23kRxQTXKW_hKNaPn6BN4DSJgP6XEyeF10l5hDqFt_FF8zvdtExA-aO6oLyvZpuYswfgoBscM72NHfJQpf_Z6pr2Ol-FK9xCQkMy457k4tpmxH7Y24nHT3o/s320/Pastoral+Americana.jpg" width="211" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O homem comum. Os seus sonhos normais. O desejo de ser
feliz, de viver uma vida pacata e envelhecer junto daqueles que mais ama.
Philip Roth não escreve sobre homens excepcionais, prefere expor as excepcionais
vidas dos homens banais, as suas frustrações, medos e ridículos. Mas em
“Pastoral Americana” Roth vai mais longe: constrói o paradigma do sonho
americano – um belo atleta louro abastado casado com uma ex-miss – apenas para
o destruir. Uma destruição repentina e gratuita, como o costumam ser os
acontecimentos que mudam vidas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Os problemas da família perfeita de Seymour Levov, conhecido
como o Sueco, começam com a gaguez da filha, Merry, que surge inexplicavelmente como
uma premonição. Levov teme que aquele problema
seja um reflexo de algo de errado que se passa com a sua filha, mas pouco consegue
fazer para ajudá-la. Os seus sentimentos de culpa aumentam quando, num momento
algo irracional, decide ceder aos pedidos da filha para a beijar na boca. Aquele
instante é vivido por Levov como um incesto, um quebrar de regras que
potencialmente terá aberto as portas à loucura futura.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Merry, frustrada com a gaguez, por se sentir aquém das
expectativas dos pais, à medida que vai crescendo começa a desenvolver uma obsessão por questões
políticas, mais especificamente pela Guerra do Vietname. Esse sentimento
transforma-se rapidamente num repúdio do estilo de vida americano e daí até
Merry se envolver com as pessoas erradas é um passo. Levov assiste passivo à
perda da sua filha, sem a conseguir controlar, temendo que o pior
possa acontecer. E acontece.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Uma bomba explode perto da casa dos Levov matando uma pessoa.
De uma idealista radical Merry passa a criminosa procurada. A vida dos Levov é
estilhaçada pela bomba, com o Sueco a passar dias e dias a tentar perceber o
que correu mal. "Porquê? O que fiz eu para a minha filha se tornar numa assassina?" pergunta Levov, enquanto a sua mulher se afunda numa
depressão e a filha se mantém em fuga.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mas por muito interessante que o enredo do livro seja, há alguns problemas a que Roth não quis ou não
conseguiu dar resposta. O
período após o rebentamento da bomba caracteriza-se pelas constantes ruminações
de Levov, um contínuo “onde foi que eu errei!” que se torna cansativo. E alega-se então “mas esse cansaço faz todo o
sentido, porque expressa o cansaço da própria personagem, suscitando no leitor
sentimentos semelhantes”, ao que eu respondo com uma velha máxima: a mestria de
um escritor revela-se na capacidade de invocar algo sem que o texto tenha de
ter essa mesma característica. Suscitar no leitor uma sensação de cansaço é uma coisa, tornar o texto ele próprio cansativo é outra.</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mas o meu grande problema nem sequer é esse. O
que de facto me incomoda é a estrutura escolhida por Roth, que dá a sensação de
projecto concluído à pressa. Na verdade o livro começa com Zuckerman, um
colega de escola que nos revela o mito do Sueco adolescente, o judeu
louro que todos conquistava.
Zuckerman encontra-se com Levov algumas vezes durante a vida, e já velho ele
contacta-o para lhe pedir ajudanuma homenagem que está a preparar para o
pai. Depois disso, numa reunião de antigos alunos, Zuckerman encontra Jerry,
o irmão do Sueco, que lhe conta que o irmão morreu e que a sua filha é a “bombista
de Rimrock”. E a partir desse momento Zuckerman relata-nos uma história
idealizada do que terá sido a vida do Sueco. Acontece que, após criar esta
parte inicial, com personagens bem delineadas, com a própria vida de Zuckerman
a ser-nos apresentada, o livro abandona totalmente este plano e centra-se até à
última página na história do Sueco. O pobre leitor, em negação, espera que no
final o círculo se complete e que haja uma espécie de reflexão centrada de novo
em Zuckerman, o que nunca acontece. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Perguntamos então: para quê? Para quê criar uma história
paralela para depois simplesmente a abandonar? Porque não então começar
directamente com a narração da história de Levov, eliminando Zuckerman? E para
estas perguntas não há resposta, ou pela menos uma satisfatória. É assim
porque Roth assim quis que fosse. Mas nem sempre o que o escritor quer é o que
é melhor para o livro.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Bem conscientes das desilusões que “Pastoral Americana” nos
proporcionou, caminhamos para o final curiosos, sem saber muito bem como irá Roth terminar um livro tão reflexivo, com tantas questões e
nenhumas respostas. E o final é estranho, de um estranho que nos faz reler
aquelas breves páginas repetidamente à procura de uma mensagem encriptada. Mas
aos poucos e poucos apercebemo-nos de que o que Philip Roth nos quer dizer é que a
vida é feita de manifestações espontâneas e irracionais de violência e que
nunca estaremos prontos para lidar com elas. Mas mais do que isso, há em toda a história de Levov uma mensagem quase fatalista: por muito grandes que os horizontes sejam, a pequenez da vida sobrepor-se-á, porque não há potencial que possa fugir à capacidade destruidora do mundo.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
“Pastoral Americana” fala de um tema muito caro aos americanos: a América. O orgulho de ser americano e o ódio pelo que a América representa. A América como terra das oportunidades e como símbolo supremo do mal, uma existência em dois pólos antagónicos que Roth reproduz na perfeição. E por isso se fala deste livro como um dos seus melhores, talvez mesmo como a sua obra-prima. Mas é uma afirmação justa? Infelizmente não.“Pastoral
Americana” é um livro bom, mas está longe de ser o melhor que Philip Roth pode
fazer. </div>
<div class="MsoNormal">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Classificação: 16/20</b></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11815229386742038608noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2461052849431565766.post-37386265034120930452015-08-27T00:37:00.002+01:002015-08-27T00:37:37.522+01:00Contando contos de Edgar Allan Poe: “Revelação Mesmérica”<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-d-njO0tAJ3ISU9VrTWHhxTqmP3i3KSWqOO8bhRTODith_heHLISPBokdox0Ymb6hJcpeaYUkPE5DYI3iERtVzS2e4bq_2u66Wo6RCobOFxn3Gev5bz5qXp679CzvI6YKIeSHyubinYA9/s1600/Revela%25C3%25A7%25C3%25A3o+Mesm%25C3%25A9rica.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="205" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-d-njO0tAJ3ISU9VrTWHhxTqmP3i3KSWqOO8bhRTODith_heHLISPBokdox0Ymb6hJcpeaYUkPE5DYI3iERtVzS2e4bq_2u66Wo6RCobOFxn3Gev5bz5qXp679CzvI6YKIeSHyubinYA9/s320/Revela%25C3%25A7%25C3%25A3o+Mesm%25C3%25A9rica.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
Poe parece empenhado em converter todos os seus escritos em pequenas
dissertações que servem para pouco mais do que expor as suas capacidades retóricas.
Desta vez é o hipnotismo o tema em análise, procurando convencer-nos inicialmente da sua capacidade para conduzir o indivíduo a um estado
elevado de consciência, no qual se acede a uma espécie de verdade suprema.</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Estando o Sr. Vankirk moribundo, o narrador da história é
chamado a submete-lo a uma sessão de hipnotismo, prática que parece aliviá-lo.
Aproveitando a visão clarificadora que essa condição supostamente proporciona,
o Sr. Vankirk discorre sobre a existência de Deus com uma certeza directamente
proporcional ao ridículo da sua tese de que Deus é aquilo a que chama matéria
impartível, uma matéria una que tudo atravessa. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
No final, e apenas para dar um ar da sua graça, Poe ainda
nos atiça a curiosidade quanto à capacidade de a alma, quando submetida ao
hipnotismo, sobreviver ao corpo. Enfim, não sei o que me espera dos seguintes
contos incluídos em "<a href="http://www.temasedebates.pt/livros/ficha?id=15949341" target="_blank">Todos os Contos</a>" de Edgar Allan Poe, mas espero que a qualidade melhore, caso contrário só mesmo sob
hipnotismo é que conseguirei levar a sua leitura a bom porto.</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11815229386742038608noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2461052849431565766.post-72748409188473078672015-08-20T23:29:00.002+01:002015-08-20T23:41:04.434+01:00Em estado crítico: “Herzog” de Saul Bellow<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.wook.pt/ficha/herzog/a/id/15826243" target="_blank"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzPjlVE_V76_DrvLKdSCcIsDsxYm6gC6Gt2td5VMaFyZyrv7rXnNMGVTs4aXnnWqbjtTxU3M1hp1YktbMgxO__6oQfpkGhAPmZVec1RqZ1sYokrxhsWHKq-07tj0iMHByrvqhZWAfdVTK_/s320/Herzog.jpg" width="215" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Não se parte para a leitura de um livro de Saul Bellow com
baixas expectativas. Considerado um dos maiores escritores americanos do século
XX, conquistou o Nobel da Literatura em 1976, no mesmo ano em que recebeu o
Pulitzer por “O Legado de Humboldt”. Mas foi “Herzog” que se tornou sinónimo de
Bellow, o que aumenta o simbolismo da sua leitura. A grande obra de um dos
maiores escritores, como não ficar ansioso? E talvez o problema seja esse, o
esperarmos muito de “Herzog” e depois sentirmos que aquilo que nos dá empalidece
perto daquilo que queríamos. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Não sendo um romance epistolar per si, mas sendo a narrativa
permeada por missivas que Herzog mentalmente escreve a várias pessoas, fiquei
logo no início com algumas reservas. A ideia de um romance recheado de cartas
não me parece sedutora, mas resta sempre a esperança de que os preconceitos se
revelem infundados e novas possibilidades se apresentem perante os nossos
olhos. Não foi esse o caso: as cartas são parte significativa dos meus
problemas com “Herzog”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Moisés Herzog é um homem de meia-idade com o mundo em
estilhaços. O recente fim do seu segundo casamento deixou marcas profundas,
daquelas que só uma dupla traição consegue criar. Depois de ser convencido pela
sua mulher, Madalena, a mudar-se para Chicago e de ajudar um amigo de ambos,
Valentim, a encontrar trabalho nessa mesma cidade, Herzog é apanhado desprevenido
pela revelação do caso que os dois mantém. Herzog percepciona Valentim como seu
inferior em termos intelectuais e, em embora seja charmoso, tem uma deficiência
física, o que juntamente com o facto de ser um amigo próximo contribui para exacerbar a humilhação sentida por Herzog. Neste contexto, as cartas mentais funcionam como catarse,
uma espécie de autoterapia que ajuda Herzog a ir-se livrando das suas frustrações,
apaziguado por um falso sentimento de acção. Mas as cartas tendem a ser divagações
filosóficas, considerações desgarradas que interrompem o ritmo da narrativa e
subtraem mais do que acrescentam.</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E é uma pena que assim seja e que Bellow tenha dificuldades em criar conexões relevantes entre os diferentes momentos da história.
É como se estivéssemos perante uma obra de arquitectura com divisões
primorosamente construídas, ligadas por corredores em ruínas. De facto o talento
de Bellow é inegável nos vários diálogos que vão surgindo ao longo do livro.
Equilibrados, com uma carga de oralidade que lhes confere uma autenticidade
inatacável e reveladores da complexidade de personagens que recusam a armadilha
da bidimensionalidade. A visita ao advogado Sandor e à mulher do seu falecido pai
são, por diferentes motivos, excelentes exemplos da perícia de Bellow, mas que funcionam como um contraponto às cartas desinteressantes e às descrições pouco inspiradas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O frágil jogo de equilíbrio que Herzog se esforça por manter
vai-se tornando insustentável e encaminha-se para um trágico desfecho, impedido apenas por um providencial momento de clarividência. Perante um choque emocional
Herzog consegue questionar o caminho que decidiu percorrer e
depressa se apercebe da dimensão do erro que se preparava para cometer. Num final magistral, que quase compensa as falhas do livro,
Herzog volta à sua casa isolada no meio da floresta e reaprende a viver. Há
melancolia, há mágoas, há dúvidas, mas há também um vislumbre de esperança. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
“Herzog” não é
o livro que prometia ser, mas é uma boa leitura.</div>
<div class="MsoNormal">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Classificação: 16/20</b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal">
<i>A versão que li é a da Biblioteca Sábado, mas a Quetzal publicou recentemente uma nova edição deste livro.</i></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11815229386742038608noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2461052849431565766.post-51156953409607531982015-08-10T23:58:00.002+01:002015-08-10T23:59:05.498+01:00A dependência dos livros – edição Julho de 2015<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyFz5cHyF5L5_9RTB7S2s0lviVVPDzYG3-0aLXtSJP8Vjs6rY2eLwiXHz57HUyUXV8W6bXFYOmLXvKGGwEOCsOOCLQf9eW9YR80FMLVhj8VmTcP5PKhth0VO8jTiW4asruOvS91IWtxWUN/s1600/Compras+Julho+2015.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyFz5cHyF5L5_9RTB7S2s0lviVVPDzYG3-0aLXtSJP8Vjs6rY2eLwiXHz57HUyUXV8W6bXFYOmLXvKGGwEOCsOOCLQf9eW9YR80FMLVhj8VmTcP5PKhth0VO8jTiW4asruOvS91IWtxWUN/s400/Compras+Julho+2015.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Momento charada: qual é coisa qual é ela que está a mais
nesta foto? Quem apostou nas “<a href="http://www.foliosociety.com/book/TWN/mark-twain-collected-stories" target="_blank">Collected Stories</a>” do Mark Twain apostou bem e
não, não é por ser a única obra em língua estrangeira. Acontece que este
conjunto de livros foi adquirido no início do ano, numa promoção pornográfica, e
esquecido numa prateleira, sem me lembrar de o incluir nas compras do mês.
Pois bem, reponhamos a verdade e caminhemos em frente.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Tenho de destacar em Julho a compra do <a href="http://www.bulhosa.pt/livro/obras-completas-1975-1988-vol04-jorge-luis-borges/" target="_blank">último volume das "Obras Completas" do Borges</a>, editadas pela Teorema, livro que como sabem me fez suar
quando, após 4 anos de pacientes compras volume a volume na Feira do Livro, me
preparava para terminar a minha saga e fui esmagado pela palavra ESGOTADO. Enfim,
consideremo-nos abençoados por termos uma Bulhosa nas nossas vidas para nos
ajudar em situações de emergência.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Abençoados também os passatempos na <a href="https://www.facebook.com/PortoEditora?fref=ts" target="_blank">página de Facebook da Porto Editora </a>que me valeram o “<a href="http://www.wook.pt/ficha/levantado-do-chao/a/id/15840288" target="_blank">Levantado do Chão</a>” de Saramago, ganho no dia seguinte
ao meu aniversário (que coincide com o dia em que Saramago morreu), mas que
ainda demorou uns dias a chegar até mim.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
De resto, como resistir a uma boa promoção da Wook?
Impossível, portanto mais vale fazerem como eu: resignarem-se e arranjarem um
espacinho para mais livros na vossa estante. “<a href="http://www.wook.pt/ficha/a-liberdade-de-patio/a/id/15104979" target="_blank">A Liberdade de Pátio</a>” de Mário de
Carvalho e “<a href="http://www.tintadachina.pt/book.php?code=83f732dfd808ab48b75d0e40c4ac69ee" target="_blank">Diário da Queda</a>” de Michel Laub já conquistaram o seu lugar na
minha biblioteca.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
E só para pecar em pleno, numa marota visita à Bulhosa
enquanto esperava que o volume final do Borges chegasse, eis que “<a href="http://www.bulhosa.pt/livro/oscar-e-lucinda-peter-carey/" target="_blank">Oscar e Lucinda</a>” de Peter Carey me piscou o olho e quando dei por mim já estava com ele
no colo a caminho de casa. Ah, tentações!</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11815229386742038608noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2461052849431565766.post-10989273499202357892015-08-07T01:17:00.003+01:002015-08-07T01:17:55.548+01:00O que é que a Granta tem? “A Revolução Instantânea” de James Fenton<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.tintadachina.pt/granta/book.php?code=f9c6c131cb85833771d1ca09ac7a800d" target="_blank"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9O4L0G7UWz0L1Qw4X5ODjHX6VPWYSCyerZ0R3GmQ2g8lH4LJY4CKapv9465O0kjpTpjtasXE_OCb6Iuy0xXe7oa-XLltyjJMQPGzetuoNbx3E7f2Jqo4SSuWFu03J2otJG3lfjbhBRZI-/s200/Granta+2.jpg" width="138" /></a><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXhhk623DSPh4AiYrr62CJqjUS7QnPyY4Q1ftBP667h9XUZzC6Ef7xRS6EzJ7UfBfAQifVNYRbqZC9CgYkcUY2Z1dKu3UY6zzi5pInnIf_ClqZIJpvWI7hSZp9PsxnlFSC5BnS0Zmq8RHM/s200/James+Fenton.jpg" width="135" /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Gostando eu de política e de reportagens, seria de esperar que
uma reportagem sobre um acontecimento marcante da política internacional fosse
algo que me suscitasse imenso interesse. Mas não é esse o caso, e já <a href="http://sentidodoslivros.blogspot.pt/2013/10/o-que-e-que-granta-tem-esboco-para-um.html" target="_blank">o relato de Kapuścińsk na 1ª Granta</a> havia sido um desafio à minha vontade. Muitas vezes sinto neste tipo de textos que o jornalista sente que está a falar com especialistas e parte portanto do princípio que acontecimentos e personagens nos são familiares, dispensando contextualização. E depois, o pobre o leitor quando dá por si está no meio de um realidade que lhe é completamente alheia, sentindo-se o mais ignorante dos seres.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mas apesar das minhas reticências iniciais, Fenton tem a
seu favor poder contar com o fascínio que o casal Marcos (o ditador Filipino e
a sua espampanante mulher Imelda) exercem, o que sempre torna a leitura mais cativante. Focando-se na queda do regime de Ferdinand Marcos, o relato
de Fenton evidencia o efeito que uma sequência vertiginosa de acontecimentos
pode ter sobre a realidade, como se presente, passado e futuro se confundissem
por instantes e o mundo tal como o concebemos ruísse perante os nossos olhos,
pertencendo tudo ao passado embora ainda exista no presente.</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E é assim que num momento o casal Marcos está a receber
jornalistas na sua luxuosa residência, e no momento seguinte estranhos caminham
pelos seus aposentos como se lhe pertencessem. Aquela já não era a casa de
Imelda e Ferdinand, mas era como se os seus passos ainda se ouvissem ao fundo
do corredor.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Fenton deixa-nos no final algumas provocações. Perante a
rapidez com que tudo ocorreu, a revolução terá sido orquestrada? Mas mais do
que isso: a revolução foi feita em nome o quê? Será que o que se segue é melhor
do que aquilo de que se viram livres? As revoluções têm muitas vezes esse
defeito, o de serem um fim em si mesmo, e de repente acorda-se no dia seguinte
e pergunta-se “e agora?”.</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11815229386742038608noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2461052849431565766.post-81804197032493065522015-08-04T00:12:00.004+01:002015-08-04T13:57:16.919+01:00Em estado crítico: “Malone Está a Morrer” de Samuel Beckett<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzo863njh4RY4wMAMWwKwxSLrGEQaTFnie40QInD9qiX85DrqEb8ib02MaTRyJ_UmjkpyDpCdCdQZqrWgojKEy5sFHfmRBsxYgjcWxmxcUNbW7mbbPsWfCO2IiZo-S3jsJxDidqWnj7SR5/s1600/Malone+Est%25C3%25A1+a+Morrer.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzo863njh4RY4wMAMWwKwxSLrGEQaTFnie40QInD9qiX85DrqEb8ib02MaTRyJ_UmjkpyDpCdCdQZqrWgojKEy5sFHfmRBsxYgjcWxmxcUNbW7mbbPsWfCO2IiZo-S3jsJxDidqWnj7SR5/s320/Malone+Est%25C3%25A1+a+Morrer.JPG" width="211" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mais por teimosia do que por estoicismo, avancei para a
leitura do segundo livro da famosa trilogia de Beckett ainda com as <a href="http://sentidodoslivros.blogspot.pt/2014/06/em-estado-critico-molloy-de-samuel.html" target="_blank">agruras de “Molloy”</a>
vivas na cabeça. Não tinha grande esperança que a experiência com este livro
fosse ser muito diferente, mas nas primeiras páginas ainda houve uma fagulha ínfima,
rapidamente dragada pela escuridão.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Na verdade o que vos disse no passado sobre “Molloy” poderia
ser exactamente o que vos digo agora sobre “Malone Está a Morrer”. Temos no
centro da história um homem moribundo que, de forma entrecortada, nos vai
contando a história de Sapo, que mais à frente passa a ser chamado de Macmann. À
semelhança do que acontece no livro anterior, com o evoluir do livro e a
progressiva fraqueza de Malone, o discurso vai-se tornando mais errático, os
parágrafos tornam-se maiores, as ideias menos claras, e deixamos de perceber se a
história que nos é contada é mesmo a de Macmann, ou se não se tratará da vida do
próprio Malone.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Como disse a respeito de “Molloy”, reconheço o valor
literário do que Beckett fez, embora para mim seja mais eficaz como um monólogo
teatral do que como um romance. Beckett mimetiza de forma impressionante a
mente confusa de um homem quase dominado pela morte, mas isso é mais uma
qualidade técnica do que um argumento para considerar “Malone Está a Morrer”
aquilo que não é: um grande romance. Ou talvez o seja para alguns, mas eu não
revejo nos dois livros de Beckett o meu conceito de literatura, da literatura capaz de criar empatia, que me move do meu eixo e me faz sentir. Para mim “Malone Está a Morrer” é quanto muito um exercício
intelectual bem-sucedido e não anseio pelo dia em que lerei “O Inominável”…<br />
<br />
<b>Classificação: 10/20</b></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11815229386742038608noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2461052849431565766.post-68064181825357302462015-07-30T00:46:00.001+01:002015-07-30T13:52:37.580+01:00The Man Booker Prize 2015: a longlist<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2jHO8PS31mTF9o4ce-1USzQJawXuv3kk8yCQHY2RgLvf8LVRe_yX1yOBV7MWVDIwrADr3029ysnbiGAzauppBY8RvrAbwYj-7j36KfB2SZok7MfpqSoR2ZmwntxVmRo1jsaxgPMe31eLo/s1600/The+Man+Booker+Prize+2015.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="160" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2jHO8PS31mTF9o4ce-1USzQJawXuv3kk8yCQHY2RgLvf8LVRe_yX1yOBV7MWVDIwrADr3029ysnbiGAzauppBY8RvrAbwYj-7j36KfB2SZok7MfpqSoR2ZmwntxVmRo1jsaxgPMe31eLo/s640/The+Man+Booker+Prize+2015.png" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
São 13 os finalistas da edição de 2015 do <a href="http://www.themanbookerprize.com/man-booker-prize-2015" target="_blank">The Man Booker Prize</a>, com os Estados Unidos a porem em questão a supremacia do Reino Unido ao conseguirem cinco nomeados. E os livros em consideração este ano para um dos mais prestigiados prémios
do mundo literário são:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US">Bill Clegg
(EUA), “<a href="http://www.themanbookerprize.com/books/did-you-ever-have-family" target="_blank">Did You Ever Have a Family</a>” <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US">Anne Enright
(Irlanda), “<a href="http://www.themanbookerprize.com/books/green-road" target="_blank">The Green Road</a>”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US">Marlon
James (Jamaica), “<a href="http://www.themanbookerprize.com/books/brief-history-seven-killings" target="_blank">A Brief History of Seven Killings</a>”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US">Laila
Lalami (EUA), “<a href="http://www.themanbookerprize.com/books/moors-account" target="_blank">The Moor's Account</a>”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="ES">Tom McCarthy (Reino
Unido), “<a href="http://www.themanbookerprize.com/books/satin-island" target="_blank">Satin Island</a>”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="ES">Chigozie Obioma
(Nigéria), “<a href="http://www.themanbookerprize.com/books/fishermen" target="_blank">The Fishermen</a>”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="ES">Andrew O’Hagan (Reino
Unido), “<a href="http://www.themanbookerprize.com/books/illuminations" target="_blank">The Illuminations</a>”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="ES">Marilynne
Robinson (EUA), “<a href="http://www.themanbookerprize.com/books/lila" target="_blank">Lila</a>”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="ES">Anuradha Roy
(Índia), “<a href="http://www.themanbookerprize.com/books/sleeping-jupiter" target="_blank">Sleeping on Jupiter</a>”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US">Sunjeev Sahota
(Reino Unido), “<a href="http://www.themanbookerprize.com/books/year-runaways" target="_blank">The Year of the Runaways</a>”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US">Anna Smaill
(Nova Zelândia), “<a href="http://www.themanbookerprize.com/books/chimes" target="_blank">The Chimes</a>”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US">Anne Tyler
(EUA), “<a href="http://www.themanbookerprize.com/books/spool-blue-thread" target="_blank">A Spool of Blue Thread</a>”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US">Hanya
Yanagihara (EUA), “<a href="http://www.themanbookerprize.com/books/little-life" target="_blank">A Little Life</a>”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Desta lista sairá uma shortlist no dia 15 de Setembro,
sobrevivendo apenas 6 obras, das quais será eleita a vencedora, a ser anunciada a 13 de Outubro. Apesar de três escritores serem novatos, com a obra
incluída na longlist a ser a única que publicaram, engane-se quem pensar que
não há nomes sonantes nesta lista.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Há até mesmo um anterior vencedor deste prémio, Anne
Enright, que em 2007 viu o seu livro “<a href="http://www.wook.pt/ficha/corpo-presente/a/id/199618" target="_blank">Corpo Presente</a>”, editado em Portugal pela
Gradiva, ser distinguido. Também Tom McCarthy e Andrew O’Hagan não são nomes
estranhos ao The Man Booker Prize, tendo ambos em edições anteriores chegado à
shortlist.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mas os americanos não deixam os seus créditos por mãos
alheias e, para além da finalista do Pulitzer Laila Lalami, têm os dois nomes
pesados desta lista: Marilynne Robinson e Anne Tyler. Dos três romances
publicados anteriormente por Marilynne Robinson, “Housekeeping” foi nomeado
para o Pulitzer e “Gilead” venceu esse mesmo prémio mais de 20 anos depois,
enquanto “Home” lhe valeu o Orange Prize, actualmente The Baileys Women's Prize
for Fiction. Quanto a Anne Tyler, venceu um Pulitzer com “<a href="http://www.wook.pt/ficha/exercicios-de-respiracao/a/id/64755" target="_blank">Exercícios de Respiração</a>”, editado no nosso país pela Europa-América, e foi nomeada para
outros dois, tendo recebido também duas nomeações para o Orange Prize.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Com apenas quatro destes autores a terem obras anteriores
publicadas em Portugal (Anne Enright, Tom McCarthy, Marilynne Robinson e Anne
Tyler), dois deles estão na minha biblioteca, embora ainda não tenham sido
lidos: uma edição brasileira de “<a href="http://www.wook.pt/ficha/gilead/a/id/184147" target="_blank">Gilead</a>” de Marilynne Robinson e “Corpo
Presente” de Anne Enright. Quem sabe se uma das duas não vence o prémio e esse
é o empurrão que eu precisava para avançar com a leitura do seu livro!<o:p></o:p></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11815229386742038608noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2461052849431565766.post-38906336400623460872015-07-26T23:12:00.001+01:002015-07-26T23:12:18.526+01:00O que é que a Granta tem? “É Perigoso Ser Feliz Duas Vezes” de Raquel Ribeiro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.tintadachina.pt/granta/book.php?code=f9c6c131cb85833771d1ca09ac7a800d" target="_blank"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpN_HH3wYbLn8HD1IvTz-HmkdeB2uxwLbhajZLuj_5c5HgsJXg4CyQ_B3i729eibbXfLKoetn408ghGHJKvcXmbfpSKDaphJAlGMGMfzrYqbyi6eDVo3dwrX5uEnnM4JRa6rOGkYaoHvJN/s200/Granta+2.jpg" width="138" /></a><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKMBV3e4CtDzjw-PI1qx6zxuZkpK3xxNvLk1e8WECUVPXjh6X9LLDI_FdW0dVDSbfL68uvHEXE0J1X6GNGmUQvy7n59_JnqholB06AGP9Yt9sYWvCoV947H8kHhRw3gp4Hofu0Be0hRcxJ/s200/Raquel+Ribeiro.jpg" width="152" /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Uma das coisas boas da Granta é permitir-nos conhecer novos
autores portugueses cujos livros, de outra forma, não nos sentiríamos compelidos
a ler. Raquel Ribeiro é um bom exemplo disso, e certamente poucos resistirão à
vontade de ler “<a href="http://www.tintadachina.pt/book.php?code=a05ec42c9a2bc65a23fe310920bbd066" target="_blank">Este Samba no Escuro</a>” após conhecerem o seu conto no 2º número da
Granta portuguesa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Raquel Ribeiro apresenta-nos um relato da sua segunda ida a
Cuba, quando trabalhava na sua tese. Sob uma capa de normalidade, revela-se de
forma inesperada o lado negro de um regime não democrático quando Raquel é
submetida a um interrogatório pelas autoridades por ter feito questões sobre
um tema sensível. O seu testemunho torna evidente o papel dos níveis médios e
baixos do poder, que são os elementos que perpetuam os princípios do regime, cujo controlo se pode reflectir em coisas tão simples como impedir que um investigador
consulte um livro, não permitir que uma janela seja aberta ou bloquear a entrada num edifício mesmo quando há um convite de um superior.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Depois de uma primeira visita feliz, Raquel Ribeiro vê o
mito desvanecer-se e uma nova visão da realidade erguer-se. Num
momento surreal, após o interrogatório, um dos agentes mostra-se preocupado com
o testemunho futuro dela quanto ao que ali se passou e tenta assegurar-se que
Raquel nunca se sentiu ameaçada. E o mais pernicioso é que Raquel, que estava aterrada,
escondeu o que sentia apenas para poder sair dali rapidamente. E esse é o
efeito mais perigoso do medo: o silêncio.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Às vezes é de facto um perigo regressarmos aos lugares onde
fomos felizes, mas mesmo assim não perderei a oportunidade de me reencontrar com a escrita de Raquel Ribeiro.</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11815229386742038608noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2461052849431565766.post-80985188447258176032015-07-24T00:31:00.000+01:002015-07-24T00:44:22.929+01:00Imprima-se, diz a E-Primatur<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVh-Y9opyurslZB73Rc0dTOgikplqixDAYwHTzT4cpLapI2Lg9Enhz4TpQENYqEnUsAK8I7l_t8FgG5J22P8gtOGBcf7QFw9cj-FAZbhbPA-VWfhx75U4Okcgoi18cLCn8MS-3qNFLiYSI/s200/Voss+capa_370.png" width="131" /><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihuOnWFNbXqEPunoSVHOlmjja-HInVPpo7vdPRUsjxPF0nAILP_nMtUC63-LX1z9tCyIUGppEjBPcFSi75X03iNlwkkyLOsgZy_1qoO6GBsJGD-FYbVwUmTManE2s6lGIiJ-1kwMjHDuq6/s200/Strindberg+capa_370.png" width="130" /><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTzoJGIAU3vNbbM-yIfr6YTm7OsBvXtk1LqQZW5xjrAnQv5vaug2vEaCxonDZ9N-6KLXl31ncg_-Dx4TGMi9V5YqugrpUw9LcHxasbzJfMJ-7be0Kzgng56Gvsvsq9onxlELx2ggYjjwz6/s200/Tulayev+capa_370.png" width="131" /></div>
<br />
Há uns meses surgiu o anúncio de uma nova editora. Mas não
se trata apenas de mais uma, daquelas que surgem pela calada com promessas de
mundos e fundos e depois se desvanecem (Divina Comédia, onde estás tu?!). A <a href="https://www.facebook.com/eprimatur?fref=ts" target="_blank">E-Primatur</a>
traz-nos uma aposta diferente, que não é uma garantia de sucesso, mas que promove uma nova visão sobre a edição de livros.<br />
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Iniciando a sua acção com a publicação de alguns clássicos, foi
neste ponto que o projecto me conquistou, estando entre os primeiros títulos “Voss”
de Patrick White, um Prémio Nobel esquecido pelas editoras, “O Salão Vermelho”
de August Strindberg e “O Caso do Camarada Tvlayev” de Victor Serge, tendo sido
estes dois últimos livros incluídos na <a href="http://www.theguardian.com/books/2009/jan/23/bestbooks-fiction" target="_blank">lista dos 1000 romances a ler antes de morrer do The Guardian</a>. São escolhas arrojadas, de qualidade inegável, mas são apenas o começo,
porque a E-Primatur é ainda mais ousada do que isto.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Criar a primeira plataforma de crowdfunding em Portugal, é
esse o objectivo principal, contando a editora ter no segundo ano um catálogo que inclua sugestões recolhidas e que seja sujeito à apreciação do público, que poderá investir num livro pagando cerca de 1/3 do seu valor final e recebendo-o sem custos adicionais se a publicação se concretizar. Mas,
mais do que uma forma de financiar o livro, a plataforma é sobretudo uma forma
de analisar a reacção do mercado, podendo avançar-se com a publicação mesmo sem que o
valor mínimo de apoio seja atingido. E se o projecto não avançar? Bom, nesse
caso o dinheiro é devolvido. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Para ajudar ao bom desempenho de cada projecto haverá padrinhos,
figuras proeminentes do mundo cultural, que incitarão o público a investir no
seu livro. Para já, aguardamos pela finalização do site que permitirá à editora
começar a mostrar o que vale, para que todos possamos receber nas nossas casas os clássicos com que nos têm acenado.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Associados à E-Primatur há outros serviços editorias
complementares, mas é este o núcleo da sua acção. Resta-nos dar os parabéns a
Hugo Xavier, Pero Bernardo e João Reis, os cérebros por detrás da E-Primatur,
pela sua coragem e desejar que nos devolvam livros até agora esquecidos e nos
tragam mais autores por editar em Portugal.<o:p></o:p></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11815229386742038608noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2461052849431565766.post-14734864155005008772015-07-16T06:03:00.001+01:002015-07-16T16:23:13.768+01:00Paraíso dos livros: edição de coleccionador da "Orpheu"<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvFFlQh4tXZYNVh7drGLs4ZpqGnl-VX8ZSELTvwOK8X9uCh_gGSetdIUUn88s_MfBj66QdqWy7a1C0kCMbYDD4Nfgp0cD024618i-X-m5AN98p-6MWqHEW17fVB-hD2DWl0H1HuJtxUeX5/s1600/Orpheu.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvFFlQh4tXZYNVh7drGLs4ZpqGnl-VX8ZSELTvwOK8X9uCh_gGSetdIUUn88s_MfBj66QdqWy7a1C0kCMbYDD4Nfgp0cD024618i-X-m5AN98p-6MWqHEW17fVB-hD2DWl0H1HuJtxUeX5/s320/Orpheu.JPG" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Há uns meses, a propósito da comemoração do centenário da
revista “<a href="http://www.tintadachina.pt/book.php?code=eb4af8e1b67e769382f0b2e3192cec1a" target="_blank">Orpheu</a>” e do lançamento de “<a href="http://www.tintadachina.pt/book.php?code=63b9c5851dfd3681a292938764e56a84" target="_blank">1915</a>” pela Tinta-da-China, livro que reúne
vários ensaios a respeito da importância da emblemática revista, comentei com
uma amiga: “mas porque é que ninguém se lembra de reeditar a Orpheu?!” Mal
sabia eu que Bárbara Bulhosa estava umas jogadas bem à frente, preparando no segredo
dos deuses não apenas uma simples reedição mas uma peça digna de museu, feita
para ser acarinhada por leitores devotos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Chegou há poucos dias a minha casa a minha “Orpheu”, a
número 272 das 1200 produzidas e foi uma emoção segurá-la pela primeira vez.
Abri a luxuosa caixa e retirei cerimonialmente as duas reproduções dos números
publicados da revista e um terceiro caderno, mais pequeno, com as provas
tipográficas do terceiro número que não chegou ao grande público e que teria,
para além de pinturas de Amadeo de Souza-Cardoso, poemas de Sá-Carneiro, Pessoa
e Almada-Negreiros e composições de outros autores.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A atenção aos detalhes, a preocupação com os materiais
escolhidos, tornam o simples acto de folhear a “Orpheu” numa experiência
sensorial e emocional, como se fossemos transportados no tempo. E no meio das
revistas, delicadamente colocados, um marcador e uma publicidade à segunda
revista, absolutamente fiéis à época, como também o são as folhas por separar, tão
típicas das publicações daquela altura, por isso preparem-se para ter uma faca
bem afiada à mão! Eu confesso que tinha dispensado este rigor histórico final e
que me senti um herege a estragar algo perfeito, mas percebo o charme.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Por esta preciosidade pedem-nos 70€ e é dinheiro bem gasto.
Uma peça que orgulhosamente passarão às próximas gerações, depois de horas e
horas de prazer a ler a “Orpheu” como a leram os seus contemporâneos. Obrigado
Tinta-da-China e Fundação EDP!</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11815229386742038608noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-2461052849431565766.post-63871841837956455282015-07-15T04:29:00.001+01:002015-07-15T16:15:55.461+01:00O que é que a Granta tem? “Servindo o Chá” de Hélia Correia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.tintadachina.pt/granta/book.php?code=f9c6c131cb85833771d1ca09ac7a800d" target="_blank"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9O4L0G7UWz0L1Qw4X5ODjHX6VPWYSCyerZ0R3GmQ2g8lH4LJY4CKapv9465O0kjpTpjtasXE_OCb6Iuy0xXe7oa-XLltyjJMQPGzetuoNbx3E7f2Jqo4SSuWFu03J2otJG3lfjbhBRZI-/s200/Granta+2.jpg" width="138" /></a><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_L2lS9x1bp3Ztfb7J2_roW9F-XHdPRoLDLXD7r_3q96c6vBjw1ZiRE4RYyDhXMxgyfjcljFo8vHJ20Kondz5i0La7g9_J9kUViLOvisaDT9V48EhHkl0wLXrDz-4_KJLDyj1-dpjp3lWy/s200/H%25C3%25A9lia+Correia.jpg" width="133" /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Uns dias antes de ser anunciado o vencedor deste ano do
Prémio Camões, e estando eu bem longe de imaginar o que iria acontecer, parti
para a leitura do segundo conto criado por Hélia Correia para a Granta
portuguesa. Não parti esfuziante, há que dizê-lo, porque o seu conto na primeira Granta foi um dos que menos gostei e também porque a entrevista de
Hélia Correia a Carlos Vaz Marques apresentada no livro “<a href="http://sentidodoslivros.blogspot.pt/2015/01/em-estado-critico-os-escritores-tambem.html" target="_blank">Os Escritores (Também) Têm Coisas a Dizer</a>” foi a que menos me interessou. Tinha colocado Hélia Correia
na categoria “senhora dos gatos esotérica obcecada pela Grécia” e tinha seguido
em frente, pouco motivado para a reencontrar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E é nestes momentos que agradeço a minha persistência e o
por vezes obrigar-me a ler coisas, porque as primeiras opiniões são muitas
vezes más conselheiras e nunca se sabe o que nos pode escapar quando lhes damos
ouvidos. Assim, num segundo encontro com um conto de Hélia Correia saí confiante
quanto ao nosso futuro juntos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Hélia Correia continua a história de Laura, que após as suas
cirurgias plásticas se vê atormentada por um sonho com Jane Fonda, que lhe revela
que o segredo está em algo mais profundo do que a admiração física, um amor, a
capacidade de suscitar uma devoção no outro enquanto instrumento de poder. A
frustração de Laura é palpável. “Tanto esforço para nada”, quase parece dizer,
sabendo que no seu processo de melhoramento físico perdeu a ligação emocional
que tinha com o seu marido. Torna-se então claro que é necessária uma ruptura.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Com a mesma voracidade com que se entregou a um cirurgião
plástico, Laura tenta uma nova vida e surpreendentemente encontra a devoção que
procurava. No final há sempre uma lição: não importa o que se é ou o que se
tem, mas sim a percepção que os outros têm. Pelo menos para já. Veremos o que o
futuro trará para Laura nas próximas Grantas...<o:p></o:p></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11815229386742038608noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2461052849431565766.post-17982478570074730632015-06-30T00:30:00.001+01:002015-06-30T00:30:19.065+01:002º aniversário<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJ3lrBvst5PrZAzztCRP4NKCm3_EcuMhNJxPEA5YmYP2_jDnr2HRUQMUZU0IRlWYuM79Ef-TdKYv8UhJUbqEsweRpuFvXITtOn_F27N3WGZ93yKuUAzMFlxOikaorrIKGSyCZvipQDvtuk/s1600/2%25C2%25BA+anivers%25C3%25A1rio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJ3lrBvst5PrZAzztCRP4NKCm3_EcuMhNJxPEA5YmYP2_jDnr2HRUQMUZU0IRlWYuM79Ef-TdKYv8UhJUbqEsweRpuFvXITtOn_F27N3WGZ93yKuUAzMFlxOikaorrIKGSyCZvipQDvtuk/s320/2%25C2%25BA+anivers%25C3%25A1rio.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Entre as palavras há o tempo. Dias que se sucedem ao sabor
da escrita, deixando memórias e páginas lidas, que muitos irão redescobrir
dali a semanas, meses, anos. E assim se passam 2 anos, como se desde que
escrevi “<a href="http://sentidodoslivros.blogspot.pt/2013/06/em-nome-dos-livros.html" target="_blank">Em nome dos livros</a>” tivessem decorrido apenas uns dias.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Criei este blog porque a literatura era uma parte muito
importante a minha vida e acalentava a esperança de poder vir a trabalhar no
mundo editorial. Dedicar-me diariamente aos livros no fundo começou como um
placebo, o mais próximo que tinha de viver um sonho que sabia ser difícil de
realizar. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Partindo dessa necessidade, se houve algo que o meu curso de Comunicação Social me deu
foi a consciência de que a palavra acarreta responsabilidade e esse é um dos
princípios que tem pautado a minha actividade enquanto blogger. Não digo que li
o que não li, não formo opiniões sobre livros porque li algumas páginas, parto
para cada leitura com a esperança de descobrir o livro da minha vida e tenho um
inesgotável desejo de conhecer novos autores, novos estilos, novos mundos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Demoro algum tempo a ler um livro, o que segundo os padrões
dos bloggers de literatura é uma vergonha, porque rezam as regras que se não
leres pelo menos 1 livro por semana és um zé-ninguém. Mas não me importo. Leio ao
ritmo que o meu tempo me permite e deixo que um livro faça parte da minha vida durante algumas semanas. Os livros também precisam de nos
acompanhar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Algo claro para mim desde o início foi que queria ter
opinião no blog, porque não acho que partilhar sinopses seja um serviço o
leitor, para isso há os sites das editoras e as livrarias online. Também não
queria escrever críticas formais e académicas, mesmo porque não tenho
competência para isso. Aqui quem vos fala não é um especialista, é um leitor
informado que partilha experiências. E com cada crítica a livro o meu objectivo
é que as pessoas percebam que livro é aquele, que as minhas palavras lhes
transmitam algo semelhante ao que o livro me transmitiu. Seja isso bom ou mau,
porque não acredito em bloggers que só falam bem, acho que essa é uma posição
confortável. Quem tem confiança e mérito para elogiar, também tem de ter para
criticar, caso contrário o blogger é apenas um divulgador. E conhece-se tanto uma
pessoa pelo que gosta, como pelo que não gosta, e portanto não privo os meus
leitores das minhas opiniões, procurando sempre sustentá-las. Por isso, nestes 2
anos falei muito bem de alguns autores e falei muito mal de outros, com a
independência que me dá o facto de os livros serem comprados com o meu
dinheiro. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E o futuro? Bom, tenho algumas ideias, uma que me agrada
especialmente é uma nova rubrica que analisa livros e as suas adaptações
para cinema e televisão. Mas mais que tudo, quero continuar convosco, a
escrever mais (queremos sempre escrever mais!), a ver o blog a crescer
sustentadamente como tem acontecido até agora e que as pequenas alegrias de ver
um post partilhado ou elogiado por alguém que valorizo se vão repetindo. A
todos os que me têm acompanhado - obrigado pela companhia!</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11815229386742038608noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-2461052849431565766.post-90682875933333996612015-06-25T01:19:00.001+01:002015-06-26T00:19:21.407+01:00Em discussão: voluntários na Feira do Livro de Lisboa<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitTpyW9SJocirwrZHLKU_Gl5ERr85KNudUro4CC1dB4qn2pg9ghl6hlhXJxgRbdOTUMcYGwitFR2jC45us_k8dkuYf6Yv1Fi6S4u63NrLkduT0EKVI8peI5GcbjEjBD90NYU2eX3YZycxx/s1600/feira-livro-lisboa-850x529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="247" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitTpyW9SJocirwrZHLKU_Gl5ERr85KNudUro4CC1dB4qn2pg9ghl6hlhXJxgRbdOTUMcYGwitFR2jC45us_k8dkuYf6Yv1Fi6S4u63NrLkduT0EKVI8peI5GcbjEjBD90NYU2eX3YZycxx/s400/feira-livro-lisboa-850x529.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Há umas semanas li no Público um <a href="http://p3.publico.pt/actualidade/economia/17032/lisboa-capital-do-trabalho-nao-pago-2015" target="_blank">artigo da autoria de Carla Prino</a>, antiga operadora de call center e activista dos Precários Inflexíveis,
que vociferava contra o voluntariado, com o argumento de que se trata de um
mecanismo para evitar que as empresas contratem recursos humanos que lhes são
vitais, referindo-se especificamente aos casos do Rock in Rio, do Teatro
Nacional D. Maria II, de Teatro Nacional São João e da Feira do Livro. Não tendo
eu por definição nada contra o voluntariado, desde que funcione dentro dos
limites definidos pela lei, vou-me focar no caso da Feira do Livro que é o que me parece mais descabido.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Voluntários na Feira do Livro? Claro, porque não?! Começamos
logo pela questão base: é um actividade que, tal como o nome indica, requer que
a pessoa se voluntarie. E é a quem está disposto a ceder o seu tempo a uma
editora que cabe a decisão se essa é uma acção que será proveitosa ou não para
o seu CV. Certamente que a autora do artigo, com o seu argumento paternalista,
não conhecerá melhor os interesses das pessoas do que as próprias. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E depois, convenhamos, a actividade principal das editoras
não é realizar feiras e, tendo a maioria estruturas muito pequenas, é natural
que a Feira do Livro represente uma necessidade momentânea de mais recursos humanos.
E diz então a Carla Prino “contratem!”, e em teoria diz muito bem, mas o
problema de argumentos cegos é que são isso mesmo, cegos, e não têm em conta as
realidades a que se aplicam. A maioria das editoras tem condições para
contratar pessoas durante mais de duas semanas para assegurar o trabalho na
Feira do Livro? Acho que todos sabemos a resposta a esta questão. A Feira do
Livro é um dos garantes que as editoras têm recursos para se aguentarem durante
o ano, pelo que a imagem de entidades gananciosas e imorais que querem é lucrar
à custa de pobres coitados me parece, neste caso, profundamente ridícula.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Ora vejamos: se as editoras precisam de pessoas para esta
actividade localizada e não têm dinheiro para lhes pagar e se há pessoas que
querem disponibilizar o seu tempo e que acreditam que ser voluntário pode ser
uma mais-valia para o seu percurso profissional, do que está Carla Prino a
falar? Que direitos está ela a defender? <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<h3>
Voluntários sim, mas...</h3>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mas chegamos ao busílis da questão: tudo bem que as editoras
recorram a voluntários, mas que se assegurem que isso não impacta a qualidade
do atendimento. Isso tem acontecido? Lamento, mas não tem, e não é um fenómeno
desta edição.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Antes de entrar nesta questão, faço duas chamadas de
atenção: a minha experiência baseia-se nas editoras de qualidade, aquelas que
focam o seu catálogo na chamada grande literatura, e nos dois grande grupos
editoriais, a Leya e a Porto Editora; a segunda nota é exactamente sobre a Porto
Editora que, se não estou a cair em erro, tem recorrido a funcionários da
Bertrand para assegurar o atendimento na Feira do Livro, não sei se não
recorrem de todo a voluntários, mas de qualquer forma é notória uma postura
diferente, mais profissional, mais atenciosa, mais competente, portanto a Porto
Editora sabe claramente o que está a fazer.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
As outras editoras de qualidade de que falo trabalham para
um público-alvo muito específico, mais informado, que muitas vezes conhece bem
os escritores publicados, que conhece bem os catálogos das editoras, e que por
isso é mais exigente. O que torna muito frustrante depois depararmo-nos com voluntários que, estando nessas editoras que temos em grande
conta, não sabem nada de nada. Conhecem mal o catálogo, quando questionados
sobre um livro em específico encolhem-se com aquele ar de "eu sou novo aqui". </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Numa edição anterior da Feira do
Livro de Lisboa, num dos dias uma editora anunciava no Facebook com muito
destaque o lançamento de um livro que inaugurava uma colecção a todos os títulos
icónica, apelando a que as hordas corressem para a Feira dominadas pela
excitação, em busca de tamanha preciosidade. E lá fui eu, com um sorriso
rasgado, e peço ao simpático rapaz o dito livro. Como resposta tive um olhar “do
que é que este está a falar!”, como se eu fosse um louco, e ainda me disse “isso
não é aqui”. Era obviamente! Lá se foi informar com um colega e voltou com o
livro nas mãos. Pergunto eu: como é possível que uma pessoa que está a atender
ao público não saiba que a editora tem um grande lançamento nesse dia? E
atenção, a culpa não é do rapaz, a culpa é claramente de quem não se deu ao
trabalho de o informar, porque infelizmente ainda há um grande espírito de
improviso nas nossas editoras.</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mas até podemos ser bonzinhos e dizer “bom, pode ser
complicado esperar que a pessoa conheça bem o catálogo”, estou disposto a
aceitar isso. Mas passemos então a informações elementares: Hora H, informações que qualquer pessoa deve saber: não há Hora H nos primeiros dias da Feira, só
começa na primeira segunda-feira; às sextas-feiras e fins-de-semana não há Hora
H; dos livros não abrangidos pela Lei do Preço Fixo, quais estão na Hora H –
todo o catálogo da editora ou apenas uma selecção. Não parece muito difícil,
pois não? E sendo a Hora H um dos pontos-altos da Feira, e talvez o tema sobre
o qual mais perguntas são colocadas, seria de esperar que quem está a fazer o
atendimento ao público soubesse estas informações na ponta da língua. Pois
digo-vos que em duas editoras insuspeitas, este ano, estas informações não eram
claras nos primeiros dias da Feira, o que me parece inaceitável.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Acho que as editoras, especialmente as de qualidade a que me
refiro, têm de reflectir sobre estas questões. Faz sentido estar a apostar num
excelente catálogo, a construir uma imagem de especialistas e sofisticados,
para tudo depois ser deitado por terra em poucos segundos por um jovem mal informado?
As editoras têm de se encarar como marcas e a comunicação com o cliente não se
dá apenas nas escolhas editorias, no Facebook, newsletters e emailings, quando
estamos numa banca da Feira do Livro a pessoa que temos à nossa frente é para
nós o representante da editora, portanto percam um tempinho a formar as pessoas
e a testá-las para terem a certeza de que as informações passam com clareza. E
voluntários, se querem oportunidades de emprego também não vos mata fazerem um
esforço extra e tentarem conhecer bem a editora que vão acompanhar.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Voluntários sim, mas melhores por favor!</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11815229386742038608noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2461052849431565766.post-9002862609688618882015-06-22T02:03:00.001+01:002015-06-22T02:03:03.514+01:00Feira do Livro de Lisboa 2015: um balanço pessoal<div class="MsoNormal">
Por esta altura, não é segredo para ninguém que eu adoro a
Feira do Livro. Convenhamos: comprar livros a bom preço – quem não gosta?! Mas
todos os anos, assim que as primeiras barracas são montadas, deparo-me com
comentários da inteligência literária do burgo que não primam pela efusividade.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Normalmente as críticas à Feria do Livro podem ser agrupadas
em 3 categorias: a venda de bens alimentares (particularmente farturas e pregos);
o impacto nas livrarias; e a inexistência de fundos de catálogo. Não quero
perder muito tempo a analisar estes pontos, que obviamente me parecem ter
poucos méritos, mas há coisas que têm de ser ditas. Há comida na Feira. E então? Qual é o problema? É suposto as
pessoas passarem bastante tempo na Feira, portanto haver comida parece um
elemento incontornável de organização. É o bom-nome dos livros que está então em
causa? Não é digno para os livros serem vendidos a poucos metros de bancas de
comida? Eu diria que o que não é digno dos livros é não serem vendidos, mas
isso sou eu que tenho a mania de querer que as editoras façam dinheiro e todos
nós sabemos que fazer dinheiro é um antónimo de verdadeira arte. Por isso já
sabem, caros amigos, mantenham os vossos livros longe da comida ou estão a
ofendê-los! <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A questão das livrarias é a mais complexa. A mim parece-me
que achar que o que faz as livrarias ficar em má situação são as duas semanas
de Feira do Livro é querer tapar o Sol com a peneira. É premente que se faça
uma reflexão sobre o mercado livreiro e pensar o que deverá ser uma livraria
nos dias que correm, com as condições de mercado que temos. O discurso de “a
culpa é dos consumidores” é cómodo mas pouco produtivo. Eu acho que
o consumidor deve fazer um esforço para ser responsável e, em situações em que
os seus interesses não são colocados em causa, comprar em livrarias independentes.
Mas cabe aos livreiros também fazerem por isso, por ter algo para oferecer a
quem lá vai, porque se eu entro numa livraria e vejo lá os mesmos livros que
vejo na Bertrand a um preço maior é óbvio que eu não o vou comprar ali. E se já
estão a dizer “ah, mas uma livraria independente não tem a capacidade que uma
Bertrand tem para manipular o factor preço” certo, mas olharam para a parte da
minha frase que vos interessava e esqueceram-se de “os mesmos livros”. Mas não
nos esqueçamos do fundamental: a Feira do Livro permite a muitas editoras terem
dinheiro para sobreviver e duma coisa eu tenho a certeza - o sector pode viver
sem livrarias independentes mas não pode viver sem editoras!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A questão dos fundos de catálogo é um daqueles mitos que não
se sabe de onde surgiram. Não há fundos de catálogo? A Relógio D’Água,
Antígona, Cotovia, Cavalo de Ferro, Gradiva, Nova Vega e grupo Porto Editora
tinham fundos de catalogo nesta edição da Feira do Livro, portanto estão a
falar do quê? Têm a certeza que têm ido à Feira do Livro?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Bom, mas o importante é celebrar a grande festa do livro e
as compras por lá feitas. Para mim foi um ano em grande! Com uma ou outra
excepção, os livros que comprei tiveram quase todos pelo menos 50% de desconto.
Levei para casa livros que há muito queria, levei também uma ou outra
frustração, mas faz parte da experiência. Vamos às compras?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<h3>
Ficção portuguesa</h3>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhK-m3QNbfI4LQYswOL88y8YAYg33U6aD9pzOVC-ydHGxSLY2m8K9KrKAVhmiG1RBbeUOdGtzAs5I3O2YHZvqZx039SAjreJ_audoSXoLxNrJvXRmHP7w2D_BRZYV_pTSjLDHvphSZbznYx/s1600/Compras+Feiro+do+Livro+2015_1.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhK-m3QNbfI4LQYswOL88y8YAYg33U6aD9pzOVC-ydHGxSLY2m8K9KrKAVhmiG1RBbeUOdGtzAs5I3O2YHZvqZx039SAjreJ_audoSXoLxNrJvXRmHP7w2D_BRZYV_pTSjLDHvphSZbznYx/s320/Compras+Feiro+do+Livro+2015_1.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Sinto tanta alegria ao olhar para este grupo de livros!
Entre a “<a href="http://www.tintadachina.pt/book.php?code=6a8d21c8a2ff1aaeb2980342cc5e2cca" target="_blank">Obra Completa</a>” do Álvaro de Campos, a <a href="http://www.wook.pt/ficha/todas-as-palavras/a/id/12639107" target="_blank">poesia completa do Manuel António Pina</a>, o “<a href="http://www.wook.pt/ficha/o-medo/a/id/11237523" target="_blank">O Medo</a>” do Al Berto e os meus primeiros livros de <a href="http://www.cavalodeferro.com/index.php?action=product_info&products_id=238" target="_blank">Ferreira de Castro</a>, <a href="https://www.incm.pt/portal/loja_detalhe.jsp?codigo=100176" target="_blank">José Régio</a>, <a href="http://www.wook.pt/ficha/o-rosto-de-deus/a/id/81505" target="_blank">Ana Teresa Pereira</a>, <a href="http://www.wook.pt/ficha/ardente-texto-joshua/a/id/81530" target="_blank">Gabriela Llansol</a>, <a href="http://www.leyaonline.com/pt/livros/romance/o-vendedor-de-passados/" target="_blank">Agualusa</a> e <a href="http://www.wook.pt/ficha/myra/a/id/11237481" target="_blank">Maria Velho da Costa</a>,
nem sei bem para onde me virar. Estou muito expectante quanto ao Al Berto. Algo me
diz que ele pode ser o empurrão que faltava para me tornar num leitor mais
convicto de poesia.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p><br /></o:p></div>
<h3>
Romance internacional</h3>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiS_W61IKGYu5THs5xCGUQP2SQSUDakUmmg_6Qd2NcB9vBcG4U6F1ZODAjUcXt1IJVkipV6gTmKNSMWLEClnE0uoYPQV0KpWc4wSyQaN5dkyL_Jt19uaMGjoGJMKjV_IhjU4p9J-Oesq8Ew/s1600/Compras+Feira+do+Livro+2015_3.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiS_W61IKGYu5THs5xCGUQP2SQSUDakUmmg_6Qd2NcB9vBcG4U6F1ZODAjUcXt1IJVkipV6gTmKNSMWLEClnE0uoYPQV0KpWc4wSyQaN5dkyL_Jt19uaMGjoGJMKjV_IhjU4p9J-Oesq8Ew/s320/Compras+Feira+do+Livro+2015_3.JPG" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Em todas as Feiras do Livro
tenho um livro fetiche, normalmente encontrado na banca de promoções da Relógio
D’Água a 5€, que me deixa eufórico quando o encontro, corro a comprá-lo e
obrigo muitas pessoas que vão comigo à Feira a fazê-lo. Este ano foi a vez de “<a href="http://www.wook.pt/ficha/bel-ami/a/id/11876527" target="_blank">Bel-Ami</a>”
de Guy de Maupassant. Mas deste grupo o livro que mais queria comprar era o “<a href="http://www.wook.pt/ficha/a-historia-de-uma-serva/a/id/15091936" target="_blank">A História de Uma Serva</a>” da Margaret Atwood e que estive em vias de não conseguir, porque esteve uns dias desaparecido e no dia em que fui à Hora H da Porto Editora
achei que tinha esgotado e não o procurei. Felizmente um querido amigo salvou-me
dessa tragédia! De resto, sabe sempre bem comprar<a href="http://www.wook.pt/ficha/mister-norris-muda-de-comboio/a/id/13998008" target="_blank"> Isherwood</a>, <a href="http://www.wook.pt/ficha/o-passado-e-um-pais-estrangeiro/a/id/15270938" target="_blank">Ali Smith</a> e
<a href="http://www.wook.pt/ficha/matadouro-cinco/a/id/11152339" target="_blank">Vonnegut </a>com 70% de desconto e <a href="http://www.wook.pt/ficha/na-rua-das-lojas-escuras/a/id/81599" target="_blank">Modiano</a> a 3€.</div>
<o:p></o:p><br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<h3>
Não ficção (nacional e internacional) e contos, poesia e teatro internacional</h3>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_lNL5P3XAmS1lqKIEH49w4X_myyRht7embRO0czWuDwV-HmnsPGe8tNpLAT6uEP7Qa67FLmM4TwG-ATQYvdJuRqz3hGRdQdyRTUTs73DoHwivMO6LSKI0Zc8Lw1G2LfGAskw3bD2T7C_I/s1600/Compras+Feira+do+Livro+2015_2.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_lNL5P3XAmS1lqKIEH49w4X_myyRht7embRO0czWuDwV-HmnsPGe8tNpLAT6uEP7Qa67FLmM4TwG-ATQYvdJuRqz3hGRdQdyRTUTs73DoHwivMO6LSKI0Zc8Lw1G2LfGAskw3bD2T7C_I/s320/Compras+Feira+do+Livro+2015_2.JPG" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A fila de cima, que representa as minhas compras na
categoria não ficção, é talvez o ponto alto da minha Feira deste ano. Quero
muito ler estes livros, cada um por razões muito específicas. Comprar o “<a href="http://www.tintadachina.pt/book.php?code=3961138e0b8cee384a8c5b1f80ef7a08" target="_blank">Puta Que os Pariu!</a>”, a biografia do Luiz Pacheco da autoria de João Pedro George publicada
pela Tinta-da-China, a metade do preço é de louvar aos céus. E uma <a href="http://www.wook.pt/ficha/uma-coisa-supostamente-divertida-que-nunca-mais-vou-fazer/a/id/15243012" target="_blank">colectânea de ensaios do Foster Wallace</a> com 70% de desconto, até me faz tremer a mão. Dos
restantes livros o meu grande destaque tem de ir para “<a href="http://www.wook.pt/ficha/decameron/a/id/181838" target="_blank">Decameron</a>” de Boccaccio
que eu planeava comprar há várias Feiras, plano que cumpri finalmente este ano,
na Hora H claro.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<h3>
O que ficou por comprar</h3>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Ui! Tanta coisa! A maior frustração foi sem dúvida o ter
descoberto que o 4º volume da Obra Completa do Borges editada pela Teorema
tinha esgotado. Depois de 4 anos a comprar 1 volume por ano na Hora H, tudo
estava pronto para o final épico deste ano. Mas já
investiguei e parece-me que vou conseguir resolver o problema, por mais
dinheiro do que eu queria, mas enfim. Uma frustração foi também a Adília Lopes. Mas o “<a href="http://www.wook.pt/ficha/dobra/a/id/11237568" target="_blank">Dobra</a>”
ainda não é elegível para Hora H nem para Livro do Dia, por causa da Lei do
Preço Fixo, pelo que terei de rezar pelo próximo ano.</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Queria comprar o <a href="https://www.incm.pt/portal/loja_detalhe.jsp?codigo=100150" target="_blank">1º volume do Teatro do Marcelino Mesquita</a>,
na Imprensa Nacional-Casa da Moeda, mas não tinham nenhum exemplar na Feira.
Queria comprar o “<a href="http://www.cavalodeferro.com/index.php?action=product_info&products_id=115" target="_blank">Gente Independente</a>” do Halldór Laxness (que entretanto já
chegou até mim) e o “<a href="http://www.cavalodeferro.com/index.php?action=product_info&products_id=218" target="_blank">Auto-de-Fé</a>” do Elias Canetti, ambos da Cavalo de Ferro, mas
nunca os encontrei a um preço suficientemente tentador.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Ficaram por terra também os meus planos de comprar na Hora H
da Tinta-da-China o “<a href="http://www.tintadachina.pt/book.php?code=ec1475c9ee40a437fe22481f581913b3" target="_blank">Entrevistas da Paris Review</a>”, porque achei que já tinha feito demasiadas
compras. O mesmo se aplica a “<a href="http://loja.antigona.pt/product/cantigas-da-inocencia-e-da-experiencia" target="_blank">Cantigas da Inocência e da Experiência</a>” de
William Blake da Antígona e a “<a href="http://www.livroscotovia.pt/catalogo/detalhes_produto.php?id=32" target="_blank">Ilíada</a>” de Homero da Cotovia.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mas uma dos grandes arrependimentos foi não ter comprado uma
das <a href="http://www.wook.pt/product/searchidautores/nome/autores/m/00/autor_id/14938/restricts/8066/facetcode/temas/restrictsinc/1302/facetcodeinc/edi_id" target="_blank">novas edições do José Cardoso Pires lançadas pela Relógio D’Água</a>. Estive
quase quase a fazê-lo mas fui pelo argumento racional que acaba por matar
algumas compras: a Feira é para aproveitar promoções, novidades compram-se
durante o ano. E lá ficaram os meus ricos livrinhos!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Bom, foi gasto muito dinheiro obviamente, mas muito menos do
que poderia ter sido especialmente se fizermos o exercício de ver o preço de
mercado dos livros e o quanto paguei por eles. Foi uma Feira excelente e mal posso esperar pela edição de 2016!</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11815229386742038608noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2461052849431565766.post-8390077289923863702015-06-14T23:47:00.000+01:002015-06-14T23:47:02.588+01:00A dependência dos livros – edição Maio de 2015<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWkeH2qnBqad6d2dfJlyvsVenu3JYHmrB4y3x-Lz0PWvclM45dMhH-eWwsISnDXDDmUe-kSVj8x6z1Y_vDjYXJWz_-I32jWh4vCuE17w1RpoZiC2LTNwFZXiny1QyoteCFJeV3oyzddtXY/s1600/Compras+Maio+2015.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWkeH2qnBqad6d2dfJlyvsVenu3JYHmrB4y3x-Lz0PWvclM45dMhH-eWwsISnDXDDmUe-kSVj8x6z1Y_vDjYXJWz_-I32jWh4vCuE17w1RpoZiC2LTNwFZXiny1QyoteCFJeV3oyzddtXY/s320/Compras+Maio+2015.JPG" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Agora que a loucura da Feira do Livro passou, tempo de
arrumar a casa e voltar à normalidade. E antes do balanço das compras
feitas na Feira do Livro, estou em dívida para convosco em relação a Maio, que
já preconizava as boas compras que se seguiriam em Junho.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Dos 7 livros que comprei em Maio, apenas 1 foi comprado
praticamente sem desconto. Falo de “<a href="http://www.tintadachina.pt/book.php?code=05a21e1360a2aadc5f86a13679576a1f&tcsid=db08mbje3d6dgbreud6sdoqdl6" target="_blank">Gente Melacolicamente Louca</a>” de Teresa
Veiga, editado pela Tinta-da-China, a cujo lançamento tive o prazer de ir. Conheci por isso a misteriosa
Teresa Veiga, surpreendentemente simpática, que para além de 2 dedos de
conversa (de circunstância claro) ainda me autografou o livro.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Dos restantes livros, grande parte foi comprada com 30% de
desconto: “<a href="http://www.wook.pt/ficha/a-liga-da-chave-dourada/a/id/60753" target="_blank">A Liga da Chave Dourada</a>” de Michael Chabon (Prémio Pulitzer), “<a href="http://www.wook.pt/ficha/expiacao/a/id/60682" target="_blank">Expiação</a>”
de Ian McEwan e “<a href="http://www.wook.pt/ficha/o-labirinto-da-saudade/a/id/60629" target="_blank">O Labirinto da Saudade</a>” de Eduardo Lourenço na promoção
disponível no site da Gradiva no âmbito do Dia Mundial do Livro (comprei também
uma antologia do <a href="http://www.wook.pt/ficha/a-ultima-antologia/a/id/60577" target="_blank">Calvin & Hobbes</a> que me esqueci de incluir no foto!); e “<a href="http://www.wook.pt/ficha/pnin/a/id/15283182" target="_blank">Pnin</a>”
de Nabokov numa promoção semelhante que ocorreu no site da Relógio D’Água.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E como não podia deixar de ser, a Wook voltou a fazer das
suas e foi-me absolutamente impossível resistir aos 40% de desconto em “<a href="http://www.cavalodeferro.com/index.php?action=product_info&products_id=190" target="_blank">A Volta ao Dia em 80 Mundos</a>” de Cortázar e aos 50% de desconto em “<a href="http://www.wook.pt/ficha/pulp/a/id/14122775" target="_blank">Pulp</a>” de Bukowski.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Foi um mês de boas compras, mas um mero aperitivo para a
Feira do Livro! Mas disso falaremos no próximo post.<o:p></o:p></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11815229386742038608noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2461052849431565766.post-35523627436566553792015-06-14T05:11:00.001+01:002015-06-14T05:11:07.727+01:00Diário da Feira do Livro 2015: 14 de Junho<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5Iljo1ga0NWlvG7XCmMXaMd2LhAkUFbrOwzxsN88EbzfRjyuMcD14Fs4vngYLMeMhn2XcAL1uCaIxXc0OO2V9aeNNBKywiTN_oR-2YDQWisggW7Km1W31wz096OoAJzQliAX2por-_1Sc/s200/Nada.jpg" width="128" /><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhA96yUf_sQ005c3zLSv4uBnI2-NSBfrkwsWW1zaMx5h__CWrjS595EI_4EOUPjIljGnfgUWaFzay9Mgr5IWUhJzofvT7ILaGRzJfMBiUf_OWRCLu_fsUVQSQNCO4NNpPmXh0bl0npf-K_o/s200/O+Vale+da+Paix%25C3%25A3o.jpg" width="127" /><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguVNpUQlkF-CcpFPbY39EStgeXW18ohN0n3PbJYFTZCu6uANM25tEe-t4AIy3Mzfc-B-VKEhPdy_CppL42MIpXriuFTkPa1vsJf8TrqYySa2J7f3GfOYP69IZ796CKGgf6sM5Z-jh-85Nl/s200/Huckeberry+Finn.jpg" width="128" /></div>
<br />
E a Feira do Livro de Lisboa de 2015 chega hoje ao fim.
Depois de dias consecutivos a subir e a descer o Parque Eduardo VII voltamos ao
calendário, onde contaremos os dias até voltarmos a ser felizes de novo. Mas
antes da despedida, ainda podem passar pela Feira e fazer uma última compra, em
jeito de adeus. Fiquem portanto com alguns dos Livros do Dia de hoje:<br />
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Relógio D’Água<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="SV">“Anna Karénina”
de Lev Tolstói - 16€<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
“As Aventuras de Huckleberry Finn” de Mark Twain - 8€<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
“Livro do Desassossego” de Fernando Pessoa - 18€<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Grupo Porto Editora<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
“Ara” de Ana Luísa Amaral - 6,65€ (banca da Sextante)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
“K4 - o quadrado Azul” de José de Almada Negreiros - 7€ (banca
da Assírio & Alvim)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Cotovia<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
“Gatos e Mais Gatos” de Doris Lessing - 12,5€<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Cavalo de Ferro<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
“Nada” de Carmen Laforet - 8,5€<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Grupo Leya<o:p></o:p></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
“O Vale da Paixão” de Lídia Jorge - 9,5€ (banca da Dom
Quixote)<o:p></o:p></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11815229386742038608noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2461052849431565766.post-65608933539490110962015-06-13T15:19:00.000+01:002015-06-13T15:19:00.525+01:00Diário da Feira do Livro 2015: 13 de Junho<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgW42g-jhENMSOoROo_oY6sCGS76hVtOYXDpXlTnSnskdn1DKXqRDtbObRhljgLmwBgTgfr2jJCzzhy9qMjvso0x5OCxS7vdY3H_IrWfwdAytOS-YTy6IOEtz903I6ODi1LDBsZ0IO-_m4A/s200/Os+Maias.jpg" width="132" /><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCXdHAf1KSno1LJ_3R24Kl6YPU4H6U2X_A7qcMj3GNWXme7j0NAO2C4j8O-8fOB2N0k5zq3i3oKiLns5BboML8Cdl-64XZbvtUPERhVgoA7vXBGimpfpEVdTA_s69Mdy9PO4IKHnUDCGdH/s200/Obra+Reunida.jpg" width="134" /><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6_MH2btRJ6sdc-znt_zT0RYvg77xKDImiOEvorvMPcfuPnjTjNRQH4vCyL5v3PorD4NloK1ybvbowq77G3PM0P5W7eeiT2AY2RI9qA4_tqt8CBClVX6PBlDbcsiUeyzxCP_YZbto2PZF-/s200/Crime+e+Castigo.jpg" width="131" /></div>
<br />
Durante a Feira do Livro, assinalando a comemoração dos 50
anos da Dom Quixote, uma selecção de 50 títulos da editora estará disponível com
50% de desconto. Entre os livros disponíveis encontram-se:<br />
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
“Contos” de Miguel Torga<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
“Correcções” de Jonathan Franzen<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
“Gente Feliz com Lágrimas” de João de Melo<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
“Goodbye, Columbus” de Philip Roth<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
“O Homem Lento” de J. M. Coetzee<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
“Obras Completas I” de Urbano Tavares Rodrigues<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="SV">“Os Buddenbrook”
de Thomas Mann<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="SV">“Rabos de
Lagartixa” de Juan Marsé<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
”Sartoris” de William Faulkner<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
“Se Não Agora, Quando?” de Primo Levi<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
“Siddhartha” de Hermann Hesse<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
“Tieta do Agreste” de Jorge Amado<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Aproveitem estes últimos dias da Feira do Livro para tirarem
partido dessa promoção e, se passarem por lá hoje, não se esqueçam dos Livros
do Dia em destaque:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Grupo Porto Editora<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
“A Liberdade de Pátio” de Mário de Carvalho - 6,65€ (banca
da Porto Editora)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Relógio D’Água<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
“Crime e Castigo” de Fiódor Dostoievski - 12€<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
“Orgulho e Preconceito” de Jane Austen - 10€<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Tinta-da-China<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
“Os Maias” de Eça de Queirós - 12€<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Alfaguara<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
“O Mapa e o Território” de Michel Houellebecp - 11,94€<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Cavalo de Ferro<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
“Obra Reunida” de Juan Rulfo - 9,5€<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Babel</b></div>
<div class="MsoNormal">
“Sinais de Fogo” de Jorge de Sena - 17,57€</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11815229386742038608noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2461052849431565766.post-34371293381809823312015-06-12T00:38:00.001+01:002015-06-12T00:38:37.709+01:00Diário da Feira do Livro 2015: 12 de Junho<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2Cz-9LKW1KAuzU9Z7mCXEScgdl7xpPGqMUQQQsvkMjk1-FpfI8ZsnNXjXwRBrbeV5OTGbfrZ2sngiSvpnna5rRsRfHRhBhtS2FTNcMmUtJzmMrk9ZOSXcuQJU2PCyGrLepqyI8kMrNVnW/s200/S%25C3%25A3o+Paulo.jpg" width="127" /><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxROcwW5LQCDl0sHlHboVNPzOvHWVs1C_rEBkjQnexxBF6bsXdwDVBisqz1AeJjiHmZTR9C5LR8Fc6fvct3wogC_pM5DARJxsdWV9ESV-eVBH76KDmbZ2KI-SWs-yMkAGgo6JyJgIWNh9l/s200/Peito+Grande%252C+Ancas+Largas.gif" width="135" /><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8-fPjvLsdXDapAH4fvIWp2K_ZLln32ZsEQuW7XZDmj_iFmiTJefyU4ZtwBCSv818MQ_l22TFf5xiS4W82kumMo4NPqMMuy2J9rhgTMgAxClkLL8NKL-O6JpP5ayGJhQ5wH5A-lwgBsz9j/s200/A+Insustent%25C3%25A1vel+Leveza+do+Ser.jpg" width="135" /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Prevenindo o estado de loucura em que iríamos ficar, a
Cavalo de Ferro não adere à Hora H. Para nos compensar tem os livros todos com
pequenos descontos, que representam geralmente entre menos 1.5€ e 3€ face ao
preço normal, o que para a Feira do Livro é um pouco conservador... Mas nos Livros do Dia torna-se tudo mais interessante e os descontos chegam em
regra aos 40%. Tendo em conta que a Cavalo de Ferro tem um dos melhores
catálogos nacionais, esse desconto sabe-nos a ambrosia e até ao final a Feira
ainda haverá 2 obras essenciais que estarão a preços irresistíveis: a “Obra
Reunida” do Rulfo no Sábado e o “Nada” de Carmen Laforet no Domingo. Como resistir?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E por falar em Livros do Dia, quem passar hoje pela Feira do
Livro poderá encontrar com desconto significativo:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="NL"><b>Antígona</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="NL">“Walden” de Henry
David Thoreau -</span> 9,25€<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Grupo Porto Editora</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
“São Paulo” de Teixeira de Pascoaes - 11,25€ (banca da
Assírio & Alvim)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
“A Desumanização” de Valter Hugo Mãe - 8,3€ (banca da Porto
Editora)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Babel</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
“Peito Grande – Ancas Largas” de Mo Yan - 14,97€<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Relógio D’Água</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
“Debaixo do Vulcão” de Malcolm Lowry - 12€<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Grupo Leya</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
“Claraboia” de José Saramago - 9,1€ (banca da Caminho)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
“A Insustentável Leveza do Ser” de Milan Kundera - 11,3€ (banca da Dom Quixote)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Cotovia</b></div>
<div class="MsoNormal">
“Assassínio na Catedral” de T.S. Eliot - 6€</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11815229386742038608noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2461052849431565766.post-14890215715957480622015-06-11T00:28:00.000+01:002015-06-11T00:28:03.279+01:00Diário da Feira do Livro 2015: 11 de Junho<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFOwUjYQB03OHxD-QqFAbKRjSPqG3z75rMr8PyzYGvmlVGmS1N57jSLdkwSPn74hX_yVXkpdznsLXAQJhI8MNXvPfy5GUm_sHDsHXRCZuIgu9bJ_qxxt3XBzkB8m-vT3fOQ_66uvrhFyTs/s200/Mrs.+Dalloway.jpg" width="128" /><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJVm-Yye0nNmbB8luAs8vvZ6mqZF12BGexMY6TkaZJDO4cu5YyQMLVbsi9dPaYPsnCOb50UBreDEU-K4c4Ri8UGYM93RuXbcs0fMnR9Ss0sbxVEv8YMFgl2LQXCLfmkcacH98F2tJXAmlB/s200/Emigrantes.jpg" width="131" /><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKodyhop2GUN9NYnOf7diV7yuLKe2Fw-VVeBZySHUM4a5tXvFI3pTIv3wyZTAh85c-QT1KD3D4Ap_RSzWiDnKaWMqg5rmW5Qp8DZMOHLa0Vnnz5xM6JaY8HuPruruGJ16sK52ScCyKrh7s/s200/Doutor+Jivago.jpg" width="136" /></div>
<br />
Chegou a última Hora H do ano, a última oportunidade para comprarem
livros a metade do preço, por vezes até com valores menores. Por isso, se ainda
não passaram pela Relógio D’Água, Antígona, Cotovia e Leya, se ainda não
analisaram a selecção de livros da Tinta-da-China com desconto e os
livros com etiqueta amarela e laranja no grupo Porto Editora, esta é a vossa
última oportunidade. Depois não digam que ninguém vos avisou!<br />
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E enquanto vagueiam pelo Parque Eduardo VII, à espera das
22h, aqui ficam alguns dos Livros do Dia de hoje:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Babel<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
“A Corte do Norte” de Agustina Bessa-Luís - 11,81€<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Relógio D’Água<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
“As Flores do Mal” de Charles Baudelaire - 12€<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US">“Mrs.
Dalloway” de Virginia Woolf - 9€<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Cotovia<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
“Claro Enigma” de Carlos Drummond de Andrade - 7€<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Grupo Porto Editora<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
“Doutor Jivago” de Boris Pasternak - 14,95€ (banca da
Sextante)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Cavalo de Ferro</b></div>
<div class="MsoNormal">
“Emigrantes” de Ferreira de Castro - 8€</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11815229386742038608noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2461052849431565766.post-37537698910297221822015-06-10T04:14:00.002+01:002015-06-10T14:48:01.435+01:00Diário da Feira do Livro 2015: 10 de Junho<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9edbJDUDWXtu6ZTj8-vlmfVCS9dVmx3OwqOKSa4QL6aIijS96Fj2OYS5LV8V3GmlftUc0ijjjAhPvXeNUJRcmuLd205WtbdM_m8JEZLY2kejjfKLnCzxBa1S__YDPTy4PWOmsTzVfr07z/s200/A+Sibila.jpg" width="123" /><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjB4JsjsNjf4rFRaJLncLjBrGhDHhyQDJBPNEbHyyIdaVf6j2I9-U5ipgHrN_ecCs3O9z_6pRa1FqkBy3-JS6lVZiUvia5EKEu9DKkDinEpRSpzLcADUQq4PFg-x-5KTLtQDEVPc7Lr9hZN/s200/Viagem+%25C3%25A0+Volta+do+Meu+Quarto.jpg" width="151" /><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSliG0yYfPtNJkwOFKI50C5RJ3Ut51skSNe25LLwdUKOorkNNeuhYpATokTg11lFxHr2Uf00rwKsET61xqoOLh0je4WKjYB8yry_RPHTFrc41-fAdEXE3OVpFHCCRAy99IldKjJs7uyEDw/s200/Pap%25C3%25A9is+Inesperados.jpg" width="132" /></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal">
Quem aproveitar o feriado para ir até à Feira do Livro
poderá, ao final da tarde, satisfazer a curiosidade de ver ao vivo quem bem
conhece da televisão. “A Década dos Psicopatas” de Daniel Oliveira (o comentador), recentemente
lançado pela Tinta-da-China, será apresentado às 19h por Ricardo Araújo Pereira.</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Pelo caminho aproveitem e manifestem o vosso nacionalismo (se
o tiverem!) apoiando as editoras nacionais. Ora reparem em alguns dos títulos que
são hoje Livro do Dia:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Babel</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
“A Sibila” de Agustia Bessa-Luís - 11,81€<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Relógio D’Água</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
“As Aventuras de Huckleberry Finn” de Mark Twain - 8€<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
“Fausto” de Goethe - 16€<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
“Lolita” de Vladimir Nabokov - 10€<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
“Os Irmãos Karamázov” de Fiódor Dostoievski - 21€<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Alfaguara</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
“Jesus Cristo Bebia Cerveja” de Afonso Cruz - 9,54€<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Grupo Leya</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
“O Ano Sabático” de João Tordo - 7,6€ (banca da Dom Quixote)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Grupo Porto Editora</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
“Os Papéis de K.” de Manuel António Pina - 5€ (banca da Assírio & Alvim)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Cavalo de Ferro</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
“Papéis inesperados” de Julio Cortázar - 8€<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Tinta-da-China</b></div>
<div class="MsoNormal">
“Viagem à Volta do Meu Quarto” de Xavier de Maistre - 13€</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11815229386742038608noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2461052849431565766.post-59752116480643876702015-06-09T02:06:00.003+01:002015-06-09T02:06:27.266+01:00Diário da Feira do Livro 2015: 9 de Junho<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwvFHOQfivDyFcnKY1U3ewpngRg27q9bFadKc8p-ToYWdClACwgEXqo72ybtVAFYPhpfpA1kNL9IKs5JgLDD_Lbq_OB4xFPCKnFzQHoAhPaD11R33YXrZ7qPiQrDbOdYBMw0TtYilGXJc2/s200/Agosto.jpg" width="128" /><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5Cf3isSG7ngDBoksB7DLzdFzNarw0BSOKh5K61s2EIyQ7v4fzIhJzmFF8Dk7npUvEkVEWQQPrrHIvlzDYUGrm7XA4bOjzG7B1S31HT0uEbJzoM79q2FWxPbCxiY9GRCZE327tNclGdw-a/s200/Liberdade.jpg" width="132" /><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrrpEGwV4YBOFXmvlygF89Ybvq5m1141CStdfgHyzuHXIXwSe0JQjtXsTXFkWjlXcu-f00jHvp4NFf5bYzxcsK14wi_uI5QjtET8OwNLn6a31-9XG4TibhqnXuRZg-Qdh9P2nyzDW-j8EZ/s200/Os+Meus+Sentimentos.png" width="145" /></div>
<br />
Uma das novidades que será apresentada durante a Feira do
Livro, mais concretamente no dia 12, são as novas edições de “O Nosso Reino”,
“O Remorso de Baltazar Serapião” e “O Filho de Mil Homens” de Valter Hugo Mãe,
agora com a chancela da Porto Editora.<br />
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Para além de um grafismo cuidado, contando com ilustrações
de Daniela Nunes e da islandesa Ingibjörg Birgisdóttir, as novas edições vão
contar com prefácios de autores prestigiados, respectivamente Ferreira Gullar,
Saramago e Alberto Manguel. Posteriormente, e seuindo a mesma lógica, serão
lançados também “O Apocalipse dos Trabalhadores” e “A Máquina de Fazer Espanhóis”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Enquanto aguardamos por estas novas edições, confiram os
títulos que poderão encontrar hoje como Livros do Dia:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Grupo Porto Editora:<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
“Agosto” de Rubem Fonseca - 8,3€ (banca da Sextante)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Relógio D’Água <o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
“As Viagens de Gulliver” de Jonathan Swift - 9€<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
“O Amor de Uma Boa Mulher” de Alice Munro -10€<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
“Os Demónios” de Fiódor Dostoievski - 15€<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Tinta-da-China<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
“Causas da Decadência dos Povos Peninsulares” de Antero de
Quental - 8,8€<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
“Os Meus Sentimentos” de Dulce Maria Cardoso - 14,4€<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Babel<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
“Memória de Adriano” de Marguerite Yourcenar- 8,97€<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Grupo Leya</b></div>
<div class="MsoNormal">
“Liberdade” de Jonathan Franzen - 15€ (banca da Dom Quixote)</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11815229386742038608noreply@blogger.com0