Em 1994, passados 10 anos da morte de Julio Cortázar, Tristán Bauer homenageou o escritor com “Cortázar”, um documentário concebido como se fosse um livro de Cortázar, com múltiplos recortes que se sobrepõem na esperança de chegar a uma realidade última, um sentido para lá do sentido racional das coisas.
Excertos de entrevistas, gravações áudio feitas pelo próprio Cortázar, leituras de textos seus e até tangos que ajudou a criar, compõem esta pequena mas profunda viagem que humaniza alguém que de outra forma seria apenas palavras escritas em papéis reunidos em livro.
“A minha obra foi feita na solidão. Foi feita na pobreza. Foi feita sem o menor apoio editorial e quando os editores despertaram para os meus livros, os de Fuentes, os de García Márquez, os de Vargas Llosa, despertaram porque as precárias e difíceis primeiras edições haviam sido bruscamente lidas por uma grande quantidades de pessoas, que as passou de mãos em mãos. E os editores, que não são tontos e que existem para ganhar dinheiro, compreenderam perfeitamente que tinham de editar esses escritores. Eles não nos inventaram. Nós escreveos sós.” – Julio Cortázar
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