terça-feira, 14 de outubro de 2014

Richard Flanagan, o terceiro australiano a vencer o The Man Booker Prize


O The Man Booker Prize for Fiction 2014 acaba de ser anunciado e, no primeiro ano em que o prémio esteve aberto a todos os escritores de língua inglesa e em que se temia a entrada de americanos na corrida, acabou por ser um australiano a levar a melhor: Richard Flanagan com o livro “The Narrow Road to the Deep North”.

Estive a acompanhar o anúncio em directo na BBC e os ingleses de facto são especiais. Os comentadores, logo para começar, criticaram todos os livros, apesar de considerarem o lote de finalistas notável. Ironia das ironias, Richard Flanagan foi o que recebeu comentários mais duros.Que o Booker Prize não tem o prestígio do Nobel já todos sabíamos, mas ter de beijar a Camilla Parker Bowles em vez da Rainha Silvia já é abusar um bocado. Enfim, nada na vida é perfeito.

A cumprir-se a tradição dos últimos anos, alguma editora portuguesa pegará certamente neste livro que virá fazer companhia a “Os Luminares” de Eleanor Catton, o vencedor do ano passado, publicado recentemente pela Bertrand. Até lá, fiquemos com a sinopse:

“The Narrow Road to the Deep North” é uma história de amor entre um médico e a mulher do seu tio, que se desenrola ao longo de meio século.

Retirando o seu título de um dos mais famosos livros da literatura japonesa, escrito pelo grande poeta haiku Basho, a novela de Flanagan tem no seu centro um dos mais infames episódios da história japonesa, a construção da Ferrovia da Birmânia (a Ferrovia da Morte) na Segunda Guerra Mundial.

No desespero de um campo de prisioneiros de guerra japonês na Ferrovia da Morte, o cirurgião Dorrigo Evans é perseguido pelo caso que teve com a jovem mulher do seu tio dois anos antes. Lutando para salvar os homens sob o seu comando da fome, da cólera, da violência, recebe uma carta que vai mudar a sua vida para sempre.

(tradução da sinopse apresentada no site do The Man BookerPrize)

7 comentários:

  1. Antes de sabermos que Flanagan era o vencedor, já a RA decidira editar.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Sim, é verdade, embora ainda não fosse público na altura. A Relógio D'Água está sempre um passo à frente.

      Eliminar
  2. Tu que dizes constantemente à RA o que devem editar, é de estranhar que não saibas nada de nada....

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Kurtz, deve estar enganado na pessoa. A pessoa que fazia as sugestões constantes era o José Oliveira não eu. Eu até o chamei à atenção várias vezes pelo tom que adoptava, como de resto o Kurtz fez. Se reparar o meu post foi escrito antes do anúncio da Relógio D'Água pelo que não tinha como saber.

      Eliminar
  3. Conheci o seu blog através do site da Relógio D'Água, em um dos comentários pôs o link (com muita pena vi te teve muitas discussões por lá...). Estive a ler e agradou-me bastante o que aqui escreve.

    Ia dizer o que o anónimo disse, parece que a Relógio D'Água publicará o livro de Flanagan. Não sei se comprarei, regra geral os vencedores destes prémios não me cativam muito.




    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Patrícia, parece-me que também me está a confundir com o José Oliveira, tal como o Kurtz. Nunca tive discussões no site da Relógio D'Água coloquei 2 vezes comentários a manifestar o desagrado pelo tom que o José adoptou, como outras pessoas fizeram.

      Fico contente que tenha gostado do blogue e espero que volte muitas vezes.

      Eliminar
    2. Peço imensa desculpa. Foi certamente engano, porque de facto não corresponde ao que havia lido por lá.

      Reitero, gostei bastante do seu blog. Voltarei.

      Eliminar