Não, a Geração Beat não é um grupo de jovens viciados em hip hop ou em música de dança. Os vícios desta geração são outros, o mais importante dos quais a liberdade. Mas quando falo em liberdade, não me refiro a um sentimento positivo de ser livre, mas antes ao desejo de destruir barreiras, de questionar as convenções sociais, de afirmar a sua individualidade, de testar os seus próprios limites.
Nos anos 50, os horrores da 2ª Guerra Mundial eram ainda uma realidade próxima. Juntando este mal-estar instalado na sociedade a uma juventude sem rumo, tudo condimentado com largas doses de desejo de livre (não esquecendo uma pitada de drogas, um raminho de experiências sexuais alternativas e uma colher de Budismo), assim se criou a Geração Beat, uma espécie de “Vencidos da Vida” versão americana. Se bem que os “Vencidos da Vida” caminhavam pelo mundo exalando conformismo, sentimento que a Geração Beat apenas conheceria se alguma droga o tivesse como efeito secundário. A geração “batida” estava longe de estar derrotada, pelo contrário, tinha ânsias de confronto, de chocar, de atacar, de romper com tudo e com todos.
Depois de 2 obras julgadas por obscenidade, de mortes prematuras, alguns assassinatos e suicídios, muito sexo e drogas, bastante vagabundagem pelo mundo e um estilo literário que rompia com os cânones, aproximando a literatura da língua falada (com os rejeitados da sociedade em 1º plano), a Geração Beat influenciou uma nova onde de escritores, sendo a poesia moderna sua eterna devedora.
Principais livros:
“Pela Estrada Fora” de Jack Kerouac
“Howl” de Allen Ginsberg
“Festim Nu” de William S. Burroughs
E a tua opinião sobre a geração beat? =P
ResponderEliminarAinda não é muito firme. Gosto bastante do "Howl", mas sem ter lido Kerouac ou Burroughs não arrisco opinião. Não sou um grande adepto do estilo de vida que levavam, o que não quer dizer que não tenham feito boa literatura :P
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