Das ruínas das livrarias tradicionais emergem as livrarias
modernas. A Pó dos Livros é um bom exemplo disso, de uma livraria que se assume
como um espaço vivo e dinâmico e não um mero museu de livros. E para além da
excelente oferta de livros que dispõe, do irrepreensível serviço de alfarrabista (a que recorro frequentemente) e, porque não dizê-lo, de um dos blogues mais interessantes do meio, a Pó dos Livros tem também acolhido alguns
cursos, nomeadamente de literatura.
Agora que se prepara mais um curso, desta feita sobre o
Surrealismo Português, com início marcado para a 2ª quinzena de Setembro (inscrição
feita!), recordo com saudade o de Literaturas Americanas que decorreu em Maio
passado. De Borges, a Ginsberg, passando por Cortázar, Donoso, Rulfo, Vonnegut
e Whitman, foram 4 sessões plenas de entusiasmo e descoberta. No início pensei que
iria ser doloroso acrescentar um afazer a um quotidiano já bastante preenchido,
mas a única coisa que custou foi o curso ter chegado ao fim tão depressa. Tão
bom podermos esquecer-nos do dia-a-dia e por umas horas falar apenas de livros
com pessoas tão apaixonadas pelo tema quanto nós!
As expectativas são por isso
grandes para o 2º curso, sobre um tema a respeito do qual os meus conhecimentos
são mínimos. Acho mesmo que o meu único contacto com o Surrealismo Português
foi com o “Autografia”, o documentário do Miguel Gonçalves Mendes a respeito do
Cesariny. Se os restantes autores do movimento tiverem um décimo da
irreverência do Cesariny, temos leituras para o futuro.
Para já pouco mais há a fazer do que ler o “Pena Capital” do
Cesariny e esperar pelo fim de Setembro. Por lá reencontrarei a Rosa Azevedo
que já tinha dado a parte de Literatura Sul-Americana no curso anterior. Venha
de lá esse Surrealismo!
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