quinta-feira, 5 de março de 2015

Cheiro a livro novo - Fevereiro de 2015


Fevereiro é o mês do amor e o Cupido deve ter feito das suas e entretido os editores nacionais, sobrando-lhes pouco tempo para nos trazerem novos livros. Mas, não sendo uma amostra extensa é certamente interessante.

A Cavalo de Ferro focou-se em autores premiados e, de uma assentada, publicou “O Livro de Jón” de Ófeigur Sigurðsson, vencedor do Prémio da União Europeia para a Literatura, e “Thérèse Desqueyroux” uma das obras-primas da literatura do séc. XX e o livro mais proeminente do Prémio Nobel François Mauriac. Também a Sextante se manteve no mundo dos prémios, mais concretamente do Goncourt, editando o romance que recebeu o maior galardão da literatura francesa em 1956: “As Raízes do Céu” de Romain Gary.

Mas o principal lançamento do mês é uma surpresa, vindo inesperadamente de uma editora do Grupo Leya, cujo estado moribundo é já difícil de esconder. A Caminho traz-nos então a trilogia de Alves Redol que se desenrola na região vinícola do Alto Douro - o “Ciclo Port Wine” – e que é composta pelos romances “Horizonte Cerrado”, “Os Homens e as Sombras” e “Vindima de Sangue”.
Mantendo-nos na literatura em língua portuguesa, “O Irmão Alemão” de Chico Buarque foi a obra escolhida para apresentar a Companhia das Letras ao mercado nacional, esperando-se para breve mais novidades editoriais.

E terminamos como de costume com a não-ficção, curiosamente com 2 livros de focados em escritores portugueses. A abysmo traz-nos “Regressar a Casa com Manuel António Pina” de Inês Fonseca Santos, que inclui uma entrevista ao autor, um ensaio sobre a sua poesia e ainda um documentário em curta-metragem dedicado ao tema da casa. Já a Tinta-da-China mantém-se fiel a Fernando Pessoa e editou “Sobre o Fascismo, a Ditadura Militar e Salazar”, que reúne todos os escritos do autor sobre o Estado Novo, contando com a edição de João Barreto.

1 comentário:

  1. Nunca li Alves Redol, mas já ontem alguém me recomendava Horizonte Cerrado, precisamente este lançamento.
    Curiosamente num grupo de leitores também ontem alguém falava de "O livro de Jón" como uma importante obra a conhecer, assumo a minha paixão pelo islandês Halldor Laxness, mas nunca li algo de outro escritor desta ilha. Começo a ser tentado por estas duas obras aqui referidas.

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