Pura
esta gente que colhe água para derramá-la
compassivamente sobre a chaga
esta virtuosa carraça pública
com redentor cigarro público também
esta solidão assediando cretinos e sábios
esta deserta implausível cartada
grande força erguida a prumo
esta gente esta imperial e sopa à frente
esta gente que se levanta de peito e escreve
para não matar ninguém
(poema
retirado de “Groto Sato” de Raquel Nobre Guerra, Mariposa Azual)
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