Ficarão os livros. Dos melhores dos tempos. Dos piores dos
tempos. De tempos de cólera, peste e solidão. Dos amores proibidos de jovens
inocentes. Dos suicídios lendários de mulheres mal-amadas. Dos fenómenos
inexplicáveis que afectam populações inteiras. Das revoluções. Do medo. Da
morte. Dos dias prodigiosos. Dos dias banais. Ficarão os livros. Sempre os
livros.
Ficará a muralha de livros que me rodeia enquanto escrevo
neste blog. Ficarão neste blog as memórias dos livros. Dos livros lidos. Dos que
se desejam ler. Dos que são comprados mas nunca serão lidos, porque nem sempre
a vida nos deixa fazer o que queremos. Mas ficarão os livros. Sem dúvida os
livros.