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quarta-feira, 24 de julho de 2013

Apresentada a Longlist do The Man Booker Prize 2013



A 15 de Outubro conhecer-se-á o vencedor deste ano do The Man Booker Prize, que premeia a melhor obra de ficção em inglês publicada por um cidadão da Commonwealth, da Irlanda ou do Zimbabué. Para já foram anunciadas as 13 obras que estão sob consideração do júri. Num processo muito menos secreto do que o do Nobel da Literatura, a eleição do Man Booker Prize inicia-se com a definição da Longlist, que será depois reduzida a 5/6 obras (a Shortlist, que este ano será conhecida a 10 de Setembro), das quais sairá a vencedora.


Fazem este ano parte da Longlist:
Five Star Billionaire” de Tash Aw
 “We Need New Names” de NoViolet Bulawayo
The Luminaries” de Eleanor Catton
Harvest” de Jim Crace
The Marrying of Chani Kaufman” de Eve Harris
The Kills” de Richard House
The Lowland” de Jhumpa Lahiri
Unexploded” de Alison MacLeod
TransAtlantic” de Colum McCann
Almost English” de Charlotte Mendelson
A Tale for the Time Being” de Ruth Ozeki
The Spinning Heart” de Donal Ryan
The Testament of Mary” de Colm Tóibín



Curiosidades:

Destas obras, apenas 1 já está publicada em Portugal: “O Testamento de Maria” de Colm Tóibín, publicada pela Bertrand.


3 autores são repetentes nas andança do The Man Booker Prize: “The Harmony Silk Factory” de Tash Aw chegou à Longlist de 2005; Jim Crace esteve na Shortlist de 1997 com “Quarantine”; também na Shortlist, e por 2 vezes, esteve Colm Tóibín, com “The Blackwater Lightship” em 1999 e “The Master” em 2004.


Jhumpa Lahiri venceu o Pulitzer Prize for Fiction em 2000 com Interpreter of Maladies”.


O conto “Everything in this Country Must” de Colum McCann originou uma curta-metragem nomeada aos Óscares em 2005.


Dos 13 autores considerados, 6 têm obras traduzidas em português: 
   Tash Aw

A Fábrica das Sedas” (Difel)

   Eleanor Catton

O Ensaio” (Gradiva)

   Jim Crace

Quarentena”, “A Morte nas Dunas” e “Arcádia” (Gradiva)

   Jhumpa Lahiri

Intérprete de Enfermidades” e “O Bom Nome” (Dom Quixote)

 Numa Terra Estranha” (Presença)

   Colum McCann

Deixa o Grande Mundo Girar” e “Deste Lado da Luz” (Civilização)

O Bailarino” (Bizâncio)

   Colm Tóibín

O Mestre” e “O Navio-Farol de Blackwater” (Dom Quixote)

O Testamento de Maria”, “Brooklin” e “Mães e Filhos” (Bertrand)

“A História da Noite” (Bizâncio)

segunda-feira, 8 de julho de 2013

10 melhores livros de ficção em espanhol do séc. XXI



O jornal espanhol ABC, a propósito da Feira do Livro de Madrid, elegeu os 10 melhores livros de ficção em espanhol do séc. XXI. Da análise feita por mais de 100 proeminentes figuras da literatura e cultura espanhola resultou uma lista ecléctica, na qual tanto tem lugar um prémio Nobel, como escritores mais comerciais.

10º «O Dia de Amanhã» de Ignacio Martínez de Pisón
(publicado em Portugal pela Teodolito)


9º «Rabos de Lagartixa» de Juan Marsé
(publicado em Portugal pela Dom Quixote)



8º «O Mal de Montano» de Enrique Vila-Matas
(publicado em Portugal pela Teorema)



7º «A Pele Fria» de Albert Sánchez Piñol
(publicado em Portugal pela Teorema)



6º «Os Enamoramentos» de Javier Marías
(publicado em Portugal pela Alfaguara)



5º «A Sombra do Vento» de Carlos Ruiz Zafón
(publicado em Portugal pela Dom Quixote)



4º «Soldados de Salamina» de Javier Cercas
(publicado em Portugal pela Asa - actualmente indisponível)


3º «O Teu Rosto Amanhã» de Javier Marías
(publicado em Portugal pela Dom Quixote)



2º «Crematório» de Rafael Chirbes
(publicado em Portugal pela Minotauro)



1º «A Festa do Chibo» de Mario Vargas Llosa
(publicado em Portugal pela Leya)


segunda-feira, 1 de julho de 2013

Alice Munro e o adeus à escrita




Primeiro Philip Roth, agora Alice Munro. Após ter vencido o Trillium Book Award com “Amada Vida”, recentemente publicado em Portugal pela Relógio D’Água, Alice Munro anunciou em entrevista ao National Post a sua intenção de dar por encerrada a sua carreira literária. Com o seu último livro a ser considerado um dos melhores que escreveu, elogiado pelo forte cunho autobiográfico, Alice Munro desdramatiza a decisão, com um descontraído “it’s nice to go out with a bang.”

Alice Munro é, aos 81 anos, uma das maiores autoras vivas, certamente o maior nome da literatura canadiana contemporânea, e uma eterna candidata ao Nobel da Literatura (será este ano?). Uma espécie de Meryl Streep da literatura, Alice Munro colecciona prémios. Dos catorze livros de contos que publicou, quase todos foram premiados, ao que se junta ainda os prémios que recebeu pela globalidade da sua obra, com especial destaque para o Man Booker InternationalPrize em 2009.

De Alice Munro li “A Vista de Castle Rock” e parece-me que é a opção ideal para quem dá os primeiros passos no mundo dos contos. Numa progressão temporal ao longo de onze contos, Munro revisita a história da sua família, desde a partida dos seus antepassados da Escócia em direcção à terra das oportunidades, a América, até à viagem que a própria Munro se sente compelida a fazer, em busca das campas desses mesmos antepassados. Há por isso um sentido de unidade nos contos, que confere ao livro algumas características de um romance tradicional.

A escrita de Munro não é épica. Munro não escreve sobre acontecimentos incontornáveis, escreve antes sobre a vida, sobre os pequenos momentos que a definem e, com subtileza, cria com o leitor uma empatia profundamente enraizada, como se a sua família fosse a nossa, como se a sua história fosse também a nossa. E no fundo é, porque Alice Munro recupera em “A Vista de Castle Rock” algo que me é particularmente caro, que é a nostalgia de um mundo perdido. O olhar para um espaço que já nos disse tanto e não encontrar nele qualquer vestígio do que outrora foi.


Que livros de Alice Munro estão traduzidos em português?

Há seis livros de Alice Munro editados no nosso país, todos eles pela Relógio D’Água: