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sexta-feira, 12 de junho de 2015

Diário da Feira do Livro 2015: 12 de Junho


Prevenindo o estado de loucura em que iríamos ficar, a Cavalo de Ferro não adere à Hora H. Para nos compensar tem os livros todos com pequenos descontos, que representam geralmente entre menos 1.5€ e 3€ face ao preço normal, o que para a Feira do Livro é um pouco conservador... Mas nos Livros do Dia torna-se tudo mais interessante e os descontos chegam em regra aos 40%. Tendo em conta que a Cavalo de Ferro tem um dos melhores catálogos nacionais, esse desconto sabe-nos a ambrosia e até ao final a Feira ainda haverá 2 obras essenciais que estarão a preços irresistíveis: a “Obra Reunida” do Rulfo no Sábado e o “Nada” de Carmen Laforet no Domingo. Como resistir?

E por falar em Livros do Dia, quem passar hoje pela Feira do Livro poderá encontrar com desconto significativo:

Antígona
“Walden” de Henry David Thoreau - 9,25€

Grupo Porto Editora
“São Paulo” de Teixeira de Pascoaes - 11,25€ (banca da Assírio & Alvim)
“A Desumanização” de Valter Hugo Mãe - 8,3€ (banca da Porto Editora)

Babel
“Peito Grande – Ancas Largas” de Mo Yan - 14,97€

Relógio D’Água
“Debaixo do Vulcão” de Malcolm Lowry - 12€

Grupo Leya
“Claraboia” de José Saramago - 9,1€ (banca da Caminho)
“A Insustentável Leveza do Ser” de Milan Kundera - 11,3€ (banca da Dom Quixote)

Cotovia
“Assassínio na Catedral” de T.S. Eliot - 6€

domingo, 7 de junho de 2015

Diário da Feira do Livro 2015: 7 de Junho


A Feira do Livro é o local ideal para obter o autógrafo dos escritores que mais estimamos e através do espaço “Agenda”, no site da Feira, é muito fácil estar a par de que estará na Feira nos mesmo dia que nós.

Os fins-de-semana são sem sombra de dúvida as alturas mais propícias para encontros entre leitores e escritores. Hoje, por exemplo, quem passar pelo Parque Eduardo VII poderá encontrar por lá João Tordo, Teolinda Gersão, Gonçalo M. Tavares, Rentes de Carvalho ou Agualusa. Informem-se com antecedência e vão munidos com os vossos livros favoritos!

Mas porque ir à Feira sem comprar livros é uma heresia, passemos os olhos pelos Livros do Dia em destaque:

Grupo Porto Editora
“Todas as Palavras” de Manuel António Pina - 10€ (banca da Assírio & Alvim)
“O Silêncio” de Teolinda Gersão - 5,55€ (banca da Sextante)
“O Medo” de Al Berto - 20€ (banca da Assírio & Alvim)
“Metamorfose” de Franz Kafka - 4,95€ (banca da Livros do Brasil)

Cavalo de Ferro
“A Volta ao Dia em 80 Mundos” de Julio Cortázar - 9,5€

Relógio D’Água
“Vinte Poemas de Amor e Uma Canção Desesperada” de Pablo Neruda 7€
“O Grande Gatsby” de F. Scott Fitzgerald - 6€
“Errata” de George Steiner - 8€

Grupo Leya
“Cem Anos de Solidão” de Gabriel García Márquez - 10,7€ (banca da Dom Quixote)
“A Bagagem do Viajante” de José Saramago - 8,9€ (banca da Caminho)

Alfaguara
“Para Onde Vão os Guarda-Chuvas” de Afonso Cruz - 11,7€

Tinta-da-China
“Vai, Brasil” de Alexandra Lucas Coelho - 10,8€

sábado, 6 de junho de 2015

Diário da Feira do Livro 2015: 6 de Junho


Nem só de promoções vive a Feira do Livro, também há espaço para grandes novidades. E a Relógio D’Água aproveitou esta altura para lançar a sua colecção de obras do José Cardoso Pires, chegando para já aos escaparates 4 livros: “O Anjo Ancorado”, “ O Delfim”, “A Balada da Praia dos Cães” e “De Profundis, Valsa Lenta”. Uma homenagem a um autor que nos últimos anos tem sido um pouco esquecido.

Deixo-vos com algumas sugestões de Livros do Dia de hoje:

Relógio D’Água
“À Sombra das Raparigas em Flor” de Marcel Proust- 12€
“Contos de Andersen” de Hans Christian Andersen - 12€
“Mataram a Cotovia” de Harper Lee - 9€

Grupo Leya
“O Planalto e a Estepe” de Pepetela - 7,1€ (banca da Dom Quixote)
“Os Transparentes” de Ondjaki - 10,7€ (banca da Caminho)

Grupo Porto Editora
“Os Malaquias” de Andréa del Fuego - 6,65€
“Bartleby” de Herman Melville - 3,5€ (banca da Assírio & Alvim)

Tinta-da-China
“O Meu Amante de Domingo” de Alexandra Lucas Coelho - 13€
“ O Retorno” de Dulce Maria Cardoso - 7,8€

“Tudo São Histórias de Amor” de Dulce Maria Cardoso - 13€

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Diário da Feira do Livro 2015: 5 de Junho


Se estavam a pensar que hoje é o dia ideal para irem à Hora H, lamento dizer-vos que às Sextas-Feiras e nos fins-de-semana não há Hora H. Mas não desesperem, terão sempre livros a 3€, 5€, 7.5€ e 10€ nas caixas de promoções da Relógio D’Água. Podem por lá encontrar o “Na Rua das Lojas Escuras” do Modiano a 3€, livros do Dalton Trevisan e da Ana Teresa Pereira a 5€, e só para vos deixar mesmo KO, encontram também a 5€ “Bel Ami” do Guy de Maupassant, “O Príncipe e o Pobre” do Mark Twain e “Um Quarto com Vista” do E. M. Forster. Desafio-vos a passaram por lá e saírem de mãos a abanar!

E os Livros do Dia em destaque hoje são:

Relógio D’Água
“Contos de Grimm” de Jacob e Wilhelm Grimm - 11€
“Ulisses” de James Joyce - 14€
“Moby Dick” de Herman Melville - 14€

Grupo Leya
“O Muro Branco” de Alves Redol - 9,5€ (banca da Caminho)

Grupo Porto Editora
“Ruído Branco” de Don DeLillo - 11,1€ (banca da Sextante)

domingo, 31 de maio de 2015

Diário da Feira do Livro 2015: 31 de Maio


Antes da primeira Hora H deste ano, que vai acontecer amanhã, deixo-vos uma dica. Quando forem aos stands do grupo Porto Editora vão reparar que há vários livros com etiquetas amarelas e laranjas. As etiquetas laranja correspondem a livros que têm 50% de desconto na Hora H e as amarelas a, aguentem a emoção, 70% de desconto. Portanto, antes de começarem a agarrar em livros indiscriminadamente vejam se não é mais vantajoso comprá-los na Hora H. Foi assim que no ano passado consegui comprar o “Possessão” de A. S. Byatt por menos de 9€, um livro que custa cerca de 30€.

Entre os Livros do Dia de hoje destaque para:

Grupo Porto Editora
“2666” de Roberto Bolaño -  9,95€ (banca da Quetzal)
“A Desumanização” de valter hugo mãe - 8,3€ (banca da Porto Editora)
“A Leste do Paraíso” de John Steinbeck - 9,95€ (banca da Livros do Brasil)
“Myra” de Maria Velho da Costa - 8€ (banca da Assírio & Alvim)
“Pena Capital” de Mário Cesariny - 7,5€ (banca da Assírio & Alvim)
“Poesias Completas” de Alexandre O' Neill - 16,5€ (banca da Assírio & Alvim)

Relógio D’Água
“As Aventuras de Alice no País das Maravilhas e do Outro Lado do Espelho” de Lewis Carroll - 8€
“Crime e Castigo” de Fiódor Dostoievski - 12€
“Folhas de Erva” de Walt Whitman - 16€
“Pela Estrada Fora” de Jack Kerouac - 12€

Cotovia
“Teatro 4” de Bertolt Brecht - 12,5€

Alfaguara
“Para onde vão os guarda-chuvas” de Afonso Cruz - 11,7€

Grupo Leya
“A Confissão da Leoa” de Mia Couto - 9,5€ (banca da Caminho)
“O Teu Rosto Será o Último” de João Ricardo Pedro - 7,1€

Cavalo de Ferro
“Gente Independente” de Halldór Laxness – 12,5€

Tinta-da-China
“Eu Sou Uma Antologia” de Fernando Pessoa - 15€

quinta-feira, 5 de março de 2015

Cheiro a livro novo - Fevereiro de 2015


Fevereiro é o mês do amor e o Cupido deve ter feito das suas e entretido os editores nacionais, sobrando-lhes pouco tempo para nos trazerem novos livros. Mas, não sendo uma amostra extensa é certamente interessante.

A Cavalo de Ferro focou-se em autores premiados e, de uma assentada, publicou “O Livro de Jón” de Ófeigur Sigurðsson, vencedor do Prémio da União Europeia para a Literatura, e “Thérèse Desqueyroux” uma das obras-primas da literatura do séc. XX e o livro mais proeminente do Prémio Nobel François Mauriac. Também a Sextante se manteve no mundo dos prémios, mais concretamente do Goncourt, editando o romance que recebeu o maior galardão da literatura francesa em 1956: “As Raízes do Céu” de Romain Gary.

Mas o principal lançamento do mês é uma surpresa, vindo inesperadamente de uma editora do Grupo Leya, cujo estado moribundo é já difícil de esconder. A Caminho traz-nos então a trilogia de Alves Redol que se desenrola na região vinícola do Alto Douro - o “Ciclo Port Wine” – e que é composta pelos romances “Horizonte Cerrado”, “Os Homens e as Sombras” e “Vindima de Sangue”.
Mantendo-nos na literatura em língua portuguesa, “O Irmão Alemão” de Chico Buarque foi a obra escolhida para apresentar a Companhia das Letras ao mercado nacional, esperando-se para breve mais novidades editoriais.

E terminamos como de costume com a não-ficção, curiosamente com 2 livros de focados em escritores portugueses. A abysmo traz-nos “Regressar a Casa com Manuel António Pina” de Inês Fonseca Santos, que inclui uma entrevista ao autor, um ensaio sobre a sua poesia e ainda um documentário em curta-metragem dedicado ao tema da casa. Já a Tinta-da-China mantém-se fiel a Fernando Pessoa e editou “Sobre o Fascismo, a Ditadura Militar e Salazar”, que reúne todos os escritos do autor sobre o Estado Novo, contando com a edição de João Barreto.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Cheiro a livro novo - a rentrée literária de 2014



Setembro é um dos pontos altos do ano para os viciados em livros, esperando avidamente pelas novidades anunciadas pelas editoras para os últimos meses do ano, já de olhos postos no Natal. E este ano temos motivos de regozijo, com a Quetzal, a Tinta-da-China, a Cavalo de Ferro e a Relógio D’Água a dominarem a lista com as novidades mais apetecíveis.

Uma boa notícia é o regresso à publicação do grupo Babel que estava algo dormente nos últimos meses. Veremos o que nos reservam para os próximos tempos mas, para já, para além de algumas novidades, vai ser reeditado “A Síbila”, tanto a versão da Colecção Opera Omnia, como uma versão mais barata, comemorando assim os 60 anos da 1ª edição deste mítico livro.

No início de Outubro, com o anúncio do Prémio Nobel da Literatura, é de esperar que haja novidades (esperemos que sim!). Será que alguma editora terá a sorte de ver um dos seus autores a ser premiado e as vendas a subirem em flecha? Haverá uma corrida à publicação se for um autor por estrear no nosso mercado? Quem viver verá.

Deixo-vos então com uma lista daqueles que me parecem ser os lançamentos mais significativos dos próximos meses.


Porto Editora

"Alabardas, Alabardas" de José Saramago (Prémio Nobel da Literatura em 1998)
"Uma Menina Está Perdida no seu Século à Procura do Pai" de Gonçalo M. Tavares
"O Paraíso São os Outros" de Valter Hugo Mãe

Assírio & Alvim

"Poesia Presente" de António Ramos Rosa

Sextante

"Terra Amarga" de Joyce Carol Oates
"Mudwoman" de Joyce Carol Oates

Quetzal

“Montedor”  de J. Rentes de Carvalho
“Herzog” de Saul Bellow (Prémio Nobel da Literatura em 1976)
“O Rei Pálido” de David Foster Wallace

Bertrand

“Os Luminares” de Eleanor Catton (vencedor do The Man Booker Prize 2013)

Tinta-da-China

«Obra completa de Álvaro de Campos» de Fernando Pessoa
“Os Meus Sentimentos” de Dulce Maria Cardoso
“Oblomov”, de Ivan Goncharov
2º volume de entrevistas da Paris Review (entre os entrevistados T. S. Eliot, Harold Pinter, Ezra Pound, Marguerite Yourcenar, Vladimir Nabokov e Philip Roth)

Dom Quixote

“O Organista” de Lídia Jorge

Babel

“Os Incuráveis” de Agustina Bessa-Luís

Cavalo de Ferro

“A Selva” de Ferreira de Castro
“Final do Jogo” de Julio Cortázar
“Primeiro os Idiotas” de Bernard Malamud
“Thérèse Desqueyroux” de François Mauriac (Prémio Nobel da Literatura em 1952)

Presença

“O Pintassilgo” de Donna Tartt (vencedor do Pulitzer Prize for Fiction 2014)

Sextante

“Amálgama” de Rubem Fonseca

Relógio D’Água

“O Planeta do Sr. Sammler” de Saul Bellow (Prémio Nobel da Literatura em 1976)
“Diário” de Franz Kafka
“Obras Escolhidas” de Lewis Carroll
“Ódio, Amizade, Namoro, Amor, Casamento” de Alice Munro (Prémio Nobel da Literatura em 2013)

Caminho

“Vagas e Lumes” de Mia Couto

Antígona

“Contos Seleccionados” de Aldous Huxley
"A Vida e Opiniões de Tristam Shandy" de Laurence Sterne

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Em estado crítico: "Memorial do Convento" de José Saramago




Baltasar e Blimunda. Há encontros que estão destinados a acontecer. O mundo move-se e sob cada sol os caminhos são percorridos, minuto após minuto, talvez de acordo com uma vontade superior. Pouco importa se o é ou não, o que importa é que Baltasar e Blimunda se encontraram num auto de fé. Numa cerimónia que festeja o fim e a condenação, celebrou-se naquele dia o início e a aceitação e, sem o saber Baltasar mas sabendo-o Blimunda, naquela mesma noite, quando comerem sopa pela mesma colher, os seus destinos estarão unidos para sempre.

“Memorial do Convento” de José Saramago conta-nos a história do sereno amor do maneta Baltasar e da mística Blimunda, nos atribulados tempos da construção do Convento de Mafra. Mas antes do convento há outra construção que se inicia: a da passarola, projecto antigo do padre Bartolomeu Lourenço, que hereticamente prometeu a quem tudo tem, D. João V, o acesso em vida ao reino dos céus. O lento processo de criação da passarola e as artes nela empregadas são de suma importância para o livro, mais até do que a construção do Convento, que se contenta em ser um pano de fundo quase sempre distante, o que é paradoxal dado o nome do livro. Diga-se com clareza: haveria memorial com ou sem convento, sem passarola não.

E é esse o problema de “Memorial do Convento”, que o afasta do paradigma de excelência que é o “Ensaio Sobre a Cegueira”: a falta de foco. Pegamos no livro a pensar que vamos ler um livro centrado na construção do Convento de Mafra. Depois percebemos que se calhar não, se calhar o livro se centra sobretudo na desmedida vontade de um rei que é um Sol à portuguesa (uma Lua portanto). E entram no livro Baltasar e Blimunda, com a sua comovente dimensão supra-humana, e queremos perder-nos na sua história, mas por vezes somos afastados, sem perceber porquê, e tornamos-nos, algo a contragosto, testemunhas dos debates teológicos internos do padre Bartolomeu (que de tão herméticos nos deixam à nora), do périplo de João Elvas aquando da entrega da Infanta Maria Bárbara ao noivo espanhol, do transporte de uma monumental pedra, que durou 8 dias e mais de 30 páginas. Ganharia o livro em nos aproximar mais daquelas que são 2 das melhores criações de Saramago, Baltasar e Blimunda, sem tantas deambulações e história acessórias.

Dito isto, não haverá palavras suficientes para descrever o brilhantismo do narrador. O narrador em Saramago é tudo, uma espécie de oráculo milenar, que tudo sabe, tudo conhece, que não se limita a narrar: comenta, analisa, revela. E esse é um dos encantos de ler Saramago, a ideia de que ele está ao nosso lado a contar-nos a história, como um sábio nos tempos do antigamente, em torno de uma lareira, ao anoitecer.

“Memorial do Convento” não é um livro fácil, nem será uma boa escolha para quem procura um livro para se distrair ou para quem nunca tenha lido Saramago, mas qualquer aficionado da literatura, particularmente da portuguesa, tem de conhecer a história de Baltasar e Blimunda. Um amor que prospera no silêncio, um silêncio de palavras obliterado por uma partilha incondicional. Baltasar e Blimunda pertencem-se e pertencem-nos.

Classificação: 16/20

(Livro editado em Portugal pela Caminho)

terça-feira, 2 de julho de 2013

A dependência dos livros: edição Julho de 2013



Irmãos, confesso que pequei. Após a loucura (loucura!) que foi a Feira do Livro, em que pequei de forma reiterada e consciente (cerca de 40 vezes…), prometi a mim mesmo, perante testemunhas, que nenhum livro seria comprado em Julho (excepto a Granta, porque pessoa que é pessoa tem de ter a Granta – mais alguém reparou na foto do Valter Hugo Mãe nu nas últimas páginas?!). Em retrospectiva, a decisão de ir à Pó dos Livros e a um lançamento de livro não terão sido as mais inteligentes… E pequei irmãos! Estive quase a pecar mais no dia do aderente Fnac, mas contive-me e comprei antes um DVD (uma espécie de placebo).

Perante vós confesso os pecados cometidos:


Granta Portugal – Nº 1” (Tinta da China)
Dever/Haver”, João Silveira (Artefacto)
GKJMA”, João Silveira (Artefacto)
Obras Completas –  1ºVolume”, Bernardo Santareno (Caminho)