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domingo, 14 de junho de 2015

Diário da Feira do Livro 2015: 14 de Junho


E a Feira do Livro de Lisboa de 2015 chega hoje ao fim. Depois de dias consecutivos a subir e a descer o Parque Eduardo VII voltamos ao calendário, onde contaremos os dias até voltarmos a ser felizes de novo. Mas antes da despedida, ainda podem passar pela Feira e fazer uma última compra, em jeito de adeus. Fiquem portanto com alguns dos Livros do Dia de hoje:

Relógio D’Água
“Anna Karénina” de Lev Tolstói - 16€
“As Aventuras de Huckleberry Finn” de Mark Twain - 8€
“Livro do Desassossego” de Fernando Pessoa - 18€

Grupo Porto Editora
“Ara” de Ana Luísa Amaral - 6,65€ (banca da Sextante)
“K4 - o quadrado Azul” de José de Almada Negreiros - 7€ (banca da Assírio & Alvim)

Cotovia
“Gatos e Mais Gatos” de Doris Lessing - 12,5€

Cavalo de Ferro
“Nada” de Carmen Laforet - 8,5€

Grupo Leya

“O Vale da Paixão” de Lídia Jorge - 9,5€ (banca da Dom Quixote)

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Diário da Feira do Livro 2015: 12 de Junho


Prevenindo o estado de loucura em que iríamos ficar, a Cavalo de Ferro não adere à Hora H. Para nos compensar tem os livros todos com pequenos descontos, que representam geralmente entre menos 1.5€ e 3€ face ao preço normal, o que para a Feira do Livro é um pouco conservador... Mas nos Livros do Dia torna-se tudo mais interessante e os descontos chegam em regra aos 40%. Tendo em conta que a Cavalo de Ferro tem um dos melhores catálogos nacionais, esse desconto sabe-nos a ambrosia e até ao final a Feira ainda haverá 2 obras essenciais que estarão a preços irresistíveis: a “Obra Reunida” do Rulfo no Sábado e o “Nada” de Carmen Laforet no Domingo. Como resistir?

E por falar em Livros do Dia, quem passar hoje pela Feira do Livro poderá encontrar com desconto significativo:

Antígona
“Walden” de Henry David Thoreau - 9,25€

Grupo Porto Editora
“São Paulo” de Teixeira de Pascoaes - 11,25€ (banca da Assírio & Alvim)
“A Desumanização” de Valter Hugo Mãe - 8,3€ (banca da Porto Editora)

Babel
“Peito Grande – Ancas Largas” de Mo Yan - 14,97€

Relógio D’Água
“Debaixo do Vulcão” de Malcolm Lowry - 12€

Grupo Leya
“Claraboia” de José Saramago - 9,1€ (banca da Caminho)
“A Insustentável Leveza do Ser” de Milan Kundera - 11,3€ (banca da Dom Quixote)

Cotovia
“Assassínio na Catedral” de T.S. Eliot - 6€

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Diário da Feira do Livro 2015: 10 de Junho


Quem aproveitar o feriado para ir até à Feira do Livro poderá, ao final da tarde, satisfazer a curiosidade de ver ao vivo quem bem conhece da televisão. “A Década dos Psicopatas” de Daniel Oliveira (o comentador), recentemente lançado pela Tinta-da-China, será apresentado às 19h por Ricardo Araújo Pereira.

Pelo caminho aproveitem e manifestem o vosso nacionalismo (se o tiverem!) apoiando as editoras nacionais. Ora reparem em alguns dos títulos que são hoje Livro do Dia:

Babel
“A Sibila” de Agustia Bessa-Luís - 11,81€

Relógio D’Água
“As Aventuras de Huckleberry Finn” de Mark Twain - 8€
“Fausto” de Goethe - 16€
“Lolita” de Vladimir Nabokov - 10€
“Os Irmãos Karamázov” de Fiódor Dostoievski - 21€

Alfaguara
“Jesus Cristo Bebia Cerveja” de Afonso Cruz - 9,54€

Grupo Leya
“O Ano Sabático” de João Tordo - 7,6€ (banca da Dom Quixote)

Grupo Porto Editora
“Os Papéis de K.” de Manuel António Pina - 5€ (banca da Assírio & Alvim)

Cavalo de Ferro
“Papéis inesperados” de Julio Cortázar - 8€

Tinta-da-China
“Viagem à Volta do Meu Quarto” de Xavier de Maistre - 13€

terça-feira, 9 de junho de 2015

Diário da Feira do Livro 2015: 9 de Junho


Uma das novidades que será apresentada durante a Feira do Livro, mais concretamente no dia 12, são as novas edições de “O Nosso Reino”, “O Remorso de Baltazar Serapião” e “O Filho de Mil Homens” de Valter Hugo Mãe, agora com a chancela da Porto Editora.

Para além de um grafismo cuidado, contando com ilustrações de Daniela Nunes e da islandesa Ingibjörg Birgisdóttir, as novas edições vão contar com prefácios de autores prestigiados, respectivamente Ferreira Gullar, Saramago e Alberto Manguel. Posteriormente, e seuindo a mesma lógica, serão lançados também “O Apocalipse dos Trabalhadores” e “A Máquina de Fazer Espanhóis”.

Enquanto aguardamos por estas novas edições, confiram os títulos que poderão encontrar hoje como Livros do Dia:

Grupo Porto Editora:
“Agosto” de Rubem Fonseca - 8,3€ (banca da Sextante)

Relógio D’Água
“As Viagens de Gulliver” de Jonathan Swift - 9€
“O Amor de Uma Boa Mulher” de Alice Munro -10€
“Os Demónios” de Fiódor Dostoievski - 15€

Tinta-da-China
“Causas da Decadência dos Povos Peninsulares” de Antero de Quental - 8,8€
“Os Meus Sentimentos” de Dulce Maria Cardoso - 14,4€

Babel
“Memória de Adriano” de Marguerite Yourcenar- 8,97€

Grupo Leya
“Liberdade” de Jonathan Franzen - 15€ (banca da Dom Quixote)

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Diário da Feira do Livro 2015: 8 de Junho


Para quem procura livros bons e muito baratos, a Cotovia tem também um cantinho especial, ideal para esse propósito. Por lá podem encontrar muitos livros a 3€ e 5€, com principal destaque para Teresa Veiga e alguns dos seus títulos mais antigos.

Comecemos então a última semana da Feira, sempre de olhos postos nos destaques dos Livros do Dia:

Grupo Porto Editora
“A Educação do Estóico” de Fernando Pessoa - 5,5€ (banca da Assírio & Alvim)
“Manifesto Anti-Dantas e por Extenso” de José de Almada Negreiros - 8,3€ (banca da Assírio & Alvim)
“O Estrangeiro” de Albert Camus - 4,95€ (banca da Livros do Brasil)
“Submundo” de Don DeLillo - 12€ (banca da Sextante)

Relógio D’Água
“A Educação Sentimental” de Gustave Flaubert – 10€
“Orlando” de Virginia Woolf - 9€

Alfaguara
“Pulp” de Charles Bukowski - 10,14€

Grupo Leya
“Travessuras da Menina Má” de Mario Vargas Llosa - 11,3€ (banca da Dom Quixote)
“Obras Completas – Volume I” de Urbano Tavares Rodrigues - 11,9€ (banca da Dom Quixote)

domingo, 7 de junho de 2015

Diário da Feira do Livro 2015: 7 de Junho


A Feira do Livro é o local ideal para obter o autógrafo dos escritores que mais estimamos e através do espaço “Agenda”, no site da Feira, é muito fácil estar a par de que estará na Feira nos mesmo dia que nós.

Os fins-de-semana são sem sombra de dúvida as alturas mais propícias para encontros entre leitores e escritores. Hoje, por exemplo, quem passar pelo Parque Eduardo VII poderá encontrar por lá João Tordo, Teolinda Gersão, Gonçalo M. Tavares, Rentes de Carvalho ou Agualusa. Informem-se com antecedência e vão munidos com os vossos livros favoritos!

Mas porque ir à Feira sem comprar livros é uma heresia, passemos os olhos pelos Livros do Dia em destaque:

Grupo Porto Editora
“Todas as Palavras” de Manuel António Pina - 10€ (banca da Assírio & Alvim)
“O Silêncio” de Teolinda Gersão - 5,55€ (banca da Sextante)
“O Medo” de Al Berto - 20€ (banca da Assírio & Alvim)
“Metamorfose” de Franz Kafka - 4,95€ (banca da Livros do Brasil)

Cavalo de Ferro
“A Volta ao Dia em 80 Mundos” de Julio Cortázar - 9,5€

Relógio D’Água
“Vinte Poemas de Amor e Uma Canção Desesperada” de Pablo Neruda 7€
“O Grande Gatsby” de F. Scott Fitzgerald - 6€
“Errata” de George Steiner - 8€

Grupo Leya
“Cem Anos de Solidão” de Gabriel García Márquez - 10,7€ (banca da Dom Quixote)
“A Bagagem do Viajante” de José Saramago - 8,9€ (banca da Caminho)

Alfaguara
“Para Onde Vão os Guarda-Chuvas” de Afonso Cruz - 11,7€

Tinta-da-China
“Vai, Brasil” de Alexandra Lucas Coelho - 10,8€

sábado, 6 de junho de 2015

Diário da Feira do Livro 2015: 6 de Junho


Nem só de promoções vive a Feira do Livro, também há espaço para grandes novidades. E a Relógio D’Água aproveitou esta altura para lançar a sua colecção de obras do José Cardoso Pires, chegando para já aos escaparates 4 livros: “O Anjo Ancorado”, “ O Delfim”, “A Balada da Praia dos Cães” e “De Profundis, Valsa Lenta”. Uma homenagem a um autor que nos últimos anos tem sido um pouco esquecido.

Deixo-vos com algumas sugestões de Livros do Dia de hoje:

Relógio D’Água
“À Sombra das Raparigas em Flor” de Marcel Proust- 12€
“Contos de Andersen” de Hans Christian Andersen - 12€
“Mataram a Cotovia” de Harper Lee - 9€

Grupo Leya
“O Planalto e a Estepe” de Pepetela - 7,1€ (banca da Dom Quixote)
“Os Transparentes” de Ondjaki - 10,7€ (banca da Caminho)

Grupo Porto Editora
“Os Malaquias” de Andréa del Fuego - 6,65€
“Bartleby” de Herman Melville - 3,5€ (banca da Assírio & Alvim)

Tinta-da-China
“O Meu Amante de Domingo” de Alexandra Lucas Coelho - 13€
“ O Retorno” de Dulce Maria Cardoso - 7,8€

“Tudo São Histórias de Amor” de Dulce Maria Cardoso - 13€

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Diário da Feira do Livro 2015: 5 de Junho


Se estavam a pensar que hoje é o dia ideal para irem à Hora H, lamento dizer-vos que às Sextas-Feiras e nos fins-de-semana não há Hora H. Mas não desesperem, terão sempre livros a 3€, 5€, 7.5€ e 10€ nas caixas de promoções da Relógio D’Água. Podem por lá encontrar o “Na Rua das Lojas Escuras” do Modiano a 3€, livros do Dalton Trevisan e da Ana Teresa Pereira a 5€, e só para vos deixar mesmo KO, encontram também a 5€ “Bel Ami” do Guy de Maupassant, “O Príncipe e o Pobre” do Mark Twain e “Um Quarto com Vista” do E. M. Forster. Desafio-vos a passaram por lá e saírem de mãos a abanar!

E os Livros do Dia em destaque hoje são:

Relógio D’Água
“Contos de Grimm” de Jacob e Wilhelm Grimm - 11€
“Ulisses” de James Joyce - 14€
“Moby Dick” de Herman Melville - 14€

Grupo Leya
“O Muro Branco” de Alves Redol - 9,5€ (banca da Caminho)

Grupo Porto Editora
“Ruído Branco” de Don DeLillo - 11,1€ (banca da Sextante)

domingo, 31 de maio de 2015

Diário da Feira do Livro 2015: 31 de Maio


Antes da primeira Hora H deste ano, que vai acontecer amanhã, deixo-vos uma dica. Quando forem aos stands do grupo Porto Editora vão reparar que há vários livros com etiquetas amarelas e laranjas. As etiquetas laranja correspondem a livros que têm 50% de desconto na Hora H e as amarelas a, aguentem a emoção, 70% de desconto. Portanto, antes de começarem a agarrar em livros indiscriminadamente vejam se não é mais vantajoso comprá-los na Hora H. Foi assim que no ano passado consegui comprar o “Possessão” de A. S. Byatt por menos de 9€, um livro que custa cerca de 30€.

Entre os Livros do Dia de hoje destaque para:

Grupo Porto Editora
“2666” de Roberto Bolaño -  9,95€ (banca da Quetzal)
“A Desumanização” de valter hugo mãe - 8,3€ (banca da Porto Editora)
“A Leste do Paraíso” de John Steinbeck - 9,95€ (banca da Livros do Brasil)
“Myra” de Maria Velho da Costa - 8€ (banca da Assírio & Alvim)
“Pena Capital” de Mário Cesariny - 7,5€ (banca da Assírio & Alvim)
“Poesias Completas” de Alexandre O' Neill - 16,5€ (banca da Assírio & Alvim)

Relógio D’Água
“As Aventuras de Alice no País das Maravilhas e do Outro Lado do Espelho” de Lewis Carroll - 8€
“Crime e Castigo” de Fiódor Dostoievski - 12€
“Folhas de Erva” de Walt Whitman - 16€
“Pela Estrada Fora” de Jack Kerouac - 12€

Cotovia
“Teatro 4” de Bertolt Brecht - 12,5€

Alfaguara
“Para onde vão os guarda-chuvas” de Afonso Cruz - 11,7€

Grupo Leya
“A Confissão da Leoa” de Mia Couto - 9,5€ (banca da Caminho)
“O Teu Rosto Será o Último” de João Ricardo Pedro - 7,1€

Cavalo de Ferro
“Gente Independente” de Halldór Laxness – 12,5€

Tinta-da-China
“Eu Sou Uma Antologia” de Fernando Pessoa - 15€

sábado, 30 de maio de 2015

Diário da Feira do Livro 2015: 30 de Maio


E ao terceiro dia trago-vos uma boa-nova: ontem, quando ia a caminho de casa, depois de uma extenuante sessão de Feira, distraí-me a ver o catálogo 2015 da Tinta-da-China, na esperança de encontrar novidades. Já diz o povo que quem procura acha e o que encontrei foi o suficiente para dar um mini grito na camioneta. 

Ao que parece a Tinta-da-China, para assinalar os 100 anos da revista Orpheu, decidiu publicar uma edição de luxo fac-similada e numerada da famosa revista literária, uma espécie de caixa dos prazeres que conterá os dois números publicados, assim como as provas tipográficas do terceiro número que nunca o chegou a ser e uma brochura editorial. Tudo por 68€, com direito a anjinhos querubins a cantar músicas celestiais. A cereja no topo de um dia intenso de grandes compras.

Mas é tempo de olhar em frente e analisar o que a Feira do Livro de Lisboa tem hoje para nos oferecer. Fiquem então com os destaques dos Livros do Dia de hoje:

Grupo Porto Editora
“A Divina Comédia” de Dante Alighieri - 11,98€ (banca da Quetzal)
“O Herói Discreto” de Mario Vargas Llosa - 9,4€ (banca da Quetzal)
“Diários” de Al Berto - 11€ (banca da Assírio & Alvim)

Relógio D’Água
“Anna Karénina” de Lev Tolstói - 16€
”As Aventuras de Huckleberry Finn” de Mark Twain - 8€

Cotovia
“Teatro 3” de Bertolt Brecht - 12,5€
“Uma Aventura Secreta do Marquês de Bradomín” de Teresa Veiga - 7€

Antígona
“Admirável Mundo Novo” de Aldous Huxley - 9,25€

Grupo Leya
“Debaixo de Algum Céu” de Nuno Camarneiro - 6,9€
“Meio Sol Amarelo” de Chimamanda Ngozi Adichie – 8,4€ (banca da ASA)
“Obras Completas 1975-1985” de Jorge Luís Borges – 17,7€ (banca da Teorema)

Cavalo de Ferro
“Auto-de-Fé” de Elias Canetti - 12,5€
"A Ponte Sobre o Drina" de Ivo Andric - 11€

Tinta-da-China
“Os Escritores (Também) Têm Coisas a Dizer” de Carlos Vaz Marques - 10,8€

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Guia de promoções do Dia Mundial do Livro


Por iniciativa da UNESCO, tendo por objectivo a promoção da leitura, foi criado em 1995 o Dia Mundial do Livro, que decorre a 23 de Abril. A escolha deste dia prende-se com o facto de ter uma forte carga simbólica no mundo literário, sendo por exemplo o dia em que Shakespeare e Cervantes morreram.

Todos os anos as editoras e livrarias reservam então para 23 de Abril algumas promoções e iniciativas. 2015 não é excepção e deixo-vos com algumas sugestões para comemorarem o Dia Mundial do Livro da melhor forma - a comprar livros.

Wook

A proposta da melhor livraria online portuguesa é simples: 48 horas de compras em que 25% do valor gasto (excepto em ebooks, livros técnicos e escolares) será posteriormente devolvido no Plano Poupança Leitura, uma espécie de conta-corrente atribuída aos clientes registados no site da Wook que permite aceder a vales de desconto em futuras compras. As compras com valores superiores a 14€ poderão ainda usufruir de portes grátis.

Bertrand

A proposta da Bertrand é um pouco diferente: para além de promoções de 20% a 50% em cartão em todos os livros, nos dias 23 e 24 de Abril, foi ainda definida uma listagem de editoras e na compra de qualquer livro dessas editoras, entre os dias 22 e 26 de Abril, recebe-se de oferta outro da mesma editora seleccionado aleatoriamente. Parece excelente, não parece? Pena é que a listagem de editoras não é propriamente a melhor do mundo, mas felizmente inclui a Tinta-da-China, a Presença, a Alfaguara e a Companhia das Letras.

Leya

No site leyaonline.com há pelo menos 10% de desconto em livros comprados no dia 23 de Abril e portes grátis para encomendas acima dos 10€. Para além disso, há ainda uma selecção de mais de 1500 ebooks com 50% de desconto.

Almedina

20% de desconto imediato em todos os livros comprados no dia 23 de Abril, é esta a oferta da Almedina. Simples, não é?

Relógio D’Água

Sem grandes propostas de editoras para este dia (pelo menos até ao momento em que escrevo este post), a Relógio D'Água antecipou-se e revelou o seu lado generoso: entre 23 e 30 Abril oferece 30% de desconto numa lista de 10 livros encomendados no seu site, com portes gratuitos para encomendas acima dos 10€. E se pensam que os 10 livros em causa são obras menores que despertam pouco interesse, estão bem enganados! Ora vejam:

“O Amor de Uma Boa Mulher” de Alice Munro
“Rei, Dama, Valete” de Vladimir Nabokov
“Pnin” de Vladimir Nabokov
”O Grande Gatsby” de F. Scott Fitzgerald
”O Monte dos Vendavais” de Emily Brontë
“As Partículas Elementares” de Michel Houellebecq
“É assim Que A Perdes” de Junot Díaz
“Os Irmãos Karamázov” de Fiódor Dostoievski
“O Jogador” de Fiódor Dostoievski
“A Morte de Ivan Iliitch” de Lev Tolstói


Boas compras e um feliz Dia Mundial do Livro para todos!

domingo, 28 de dezembro de 2014

Não voltarei a ler Lobo Antunes


Imaginem-se num país estranho. O chão parece todo coberto de mármore rosa, mas quando olham de perto percebem que são reles placas de vinil pintadas. E pensam “onde está o reino de mil maravilhas que me foi prometido?”. Rumam sem rumo, procurando algo que faça a viagem valer a pena. De repente dão por vós junto a uma escadaria enorme, íngreme, com minúsculos degraus. A sinalética indica que no topo da escadaria há um restaurante paradisíaco, digno de receber os deuses sedentos de ambrosia. A custo, decidem subir, e vão andando e andando, já vos dói os calcanhares, escorregam uma série de vezes, quase desistem a meio e, quando já as últimas forças vos abandonavam, chegam ao topo. E à vossa espera… a maior chafarica de sempre! Cadeiras velhas e desconfortáveis, baratas pelo chão, com sorte comem um prego de pão duro e carne cheia de nervo. Para mim ler Lobo Antunes foi isto.

Li o “Exortação aos Crocodilos” há 7 anos. Foi-me oferecido por uma grande amiga, a Sílvia, que coitada mais não fez do que satisfazer um desejo meu e é em nome dela que aceito que este livro permaneça sob o meu tecto. Para perceberem a dimensão da desgraça, ia eu na página 200 quando me apercebi que as narradoras do livro eram 4 mulheres e não apenas 3 e segui em frente, como se nada fosse, nem sequer ponderando voltar ao início. O estilo de escrita, muito baseado em vozes que se emaranhavam, em constantes movimentos de aproximação e afastamento, até me pareceu interessante, mas noutro contexto. Não ali. Tudo era tão estéril, tão masturbatório… Mas mantive-me fiel ao meu princípio de dar uma segunda hipótese a escritores e predispus-me a voltar a Lobo Antunes no futuro. Com esse objectivo em mente, há dois anos comprei na Feira do Livro o “O Manual dos Inquisidores” e coloquei-o em lista de espera, sem pressa.

Cruzei-me pouco com Lobo Antunes nestes anos. Fui ouvindo algumas declarações dele, polémicas por norma, mas já conhecia a sua fama de quando passei pelo Cenjor e uma entrevista que lhe foi feita pela Isabel Stilwell, penso eu que para o Diário de Notícias, era apresentada como exemplo do que não fazer. Mas foi no início deste ano, também por causa da Sílvia, que me ofereceu o “Os Escritores (Também) Têm Coisas a Dizer”, que voltei a contactar com Lobo Antunes mais de perto. A entrevista dele ao Carlos Vaz Marques incomodou-me, mas segui em frente, e até já estava convencido a ler o “Explicação aos Pássaros” quando li há poucas semanas outra entrevista de sua excelência no Diário de Notícias, que eu qualificaria como uma das coisas mais lamentáveis de sempre. Não por culpa do jornalista, coitado, que depois deve ter sido colocado a soro para limpar o organismo (um banho de salva, também não era mal pensado). Tanto disparate, tanta arrogância, tanta maldade proferida por alguém que diz considerar a bondade aquilo que mais admira nas pessoas. E assim fui empurrado para uma resolução: expurgar Lobo Antunes da minha vida. Não, não voltarei a ler Lobo Antunes. Já doei o “O Manual dos Inquisidores” a uma amiga. E passei estas semanas a recolher pérolas desta pessoa adorável para fundamentar a minha decisão.

Atenção: isto não quer dizer que eu considere que temos de gostar do escritor para gostar da obra, por norma a figura do escritor é-me indiferente, mas o Lobo Antunes esgotou a minha paciência e não quero perder mais tempo com ele. Prossigam neste texto por vossa conta e risco. Se são sensíveis a incoerências, ao chico-espertismo e carícias ao próprio ego fujam já, que o que se segue não é bonito.


A genialidade humilde do melhor de sempre


Lobo Antunes acha-se uma pessoa desinteressante. Ele não importa nada, o que importa são os livros. Mas os livros, é impossível falar deles. Ora, o que fazer então quando o autor não interessa e não se pode falar dos livros? Alguns de vocês, maldosamente, pensarão em “estar calado”, mas há que desafiar essas imagens feitas e falar desalmadamente, ter quase um guião montado que se repete de entrevista em entrevista. Dizer que se detesta entrevistas em entrevistas dadas no espaço entre entrevistas. Falar, falar, falar.

E porque os livros valem por si, e não precisam de mais nada, façam-se vídeos promocionais. Em que o autor se senta naturalmente junto a um piano, um candeeiro e um poster, que por acaso ali se encontram, e fala acompanhado por uma toada melancólica, risos em câmara lenta, citações e palavras que surgem para logo se desvanecerem. E viva a literatura pura!



Numa entrevista publicada na Única em 2010, Lobo Antunes falava do início da sua vida como escritor. “Ao contrário da minha família, que pensava que eu ia acabar na miséria, a vender pensos rápidos, eu tinha a certeza que não. Estava seguro do meu génio. Era uma coisa que não oferecia qualquer discussão.” Confiante o jovem Antunes, que há umas semanas afirmava no Público que “todo o escritor se acha o melhor senão não vale a pena escrever. Para não ser o melhor não vale a pena”, questão que felizmente para ele não é um problema, que sem pejo nenhum disse, numa entrevista à Fátima Campos Ferreira emitida pela RTP, “eu acho que sou o melhor”.

Mas se pensam que esta atitude revela falta de modéstia estão completamente enganados. Vejam bem, também na entrevista da Única, Lobo Antunes dizia: “Vou ficar. Estive a ler o texto de um crítico do "El País" que diz que daqui a cinco mil anos vou ser lido com paixão. Acho que ele tem razão.” No fundo é apenas uma vontade muito grande de não contrariar um crítico do El País, é um gesto de generosidade. Mas espera lá… o Lobo Antunes de 2014, no Diário de Notícias, quando confrontado com a excelente recepção que tem por parte da crítica portuguesa, e não apenas da internacional, não disse “não estou a falar em crítica de jornal, impressionista, mas da séria”? Estou algo confuso! Então a crítica em jornais é má, mas se for no El País a louvar o escritor já é boa? Mas se for em Portugal, com o mesmo louvor, já é má? E se não for a louvar, no estrangeiro? Muitas questões, cujas respostas estarão certamente nas múltiplas vozes que ecoam na cabeça de Lobo Antunes.

Se há coisa que Lobo Antunes faz questão de dizer é que tem muito orgulho de ser português. E do que é que ele não tem orgulho? Da literatura  portuguesa. “Porque é que a literatura portuguesa é tão má?”, dizia este grande nacionalista na entrevista ao Público. E na entrevista ao Diário de Notícias que motivou este meu artigo há a menção a Eça e Camilo como “pigmeus”, isso mesmo, autores sem capacidade de competir com os seus contemporâneos estrangeiros. Eu acho que o Lobo Antunes devia tomar um banho de álcool e fazer um jejum mínimo de uma semana antes de sequer mencionar os nomes de Eça e Camilo, mas quem sou eu!

Mas há algo que o Lobo Antunes gosta mais de fazer do que criticar os outros. Diz-se que a vida é feita de equilíbrio, e de facto uma pessoa tão rigorosa e exigente com os outros terá depois dificuldades em aplicar os mesmos padrões a si próprio (vá, vamos fingir que acreditamos nisto). O auto-elogio é uma das artes Lobo Antonianas, geralmente atribuído a outra pessoa e proferido com aquele ar de enfado que é um dos charmes de tão prestigiada figura. “O Christian Bourgois editor francês da obra de Lobo Antunes, com quem não falava de livros, escreveu-me uma carta, antes de morrer, em que diz: "Tu és meu irmão e não há escritor no mundo que admire tanto." Nunca me tinha dito isto. Era um homem que parecia seco, mas por baixo dessa frieza aparente havia um calor humano extraordinário”, revelava humildemente à Única, com o bónus da falar de si na 3ª pessoa, o que se compreende perfeitamente porque o homem é uma instituição. Em várias entrevistas esse mesmo tipo de admiração é atribuída a Cardoso Pires, Eugénio de Andrade e Jorge Amado. Curiosamente são sempre pessoas que morreram… Minto, o Steiner também está neste grupo que, segundo o modesto escritor confessou ruborizado à Estante, “disse numa entrevista que tinha vergonha de me conhecer porque era pequeno de mais ao pé de mim.“ O Steiner é uma pessoa de uma enorme elegância e é possível que tinha dito tal coisa, movido sobretudo pela educação. O que não é nada elegante é o destinatário de tais comentários fazer deles gáudio em entrevistas. Mas como vamos ver a elegância não é um dos fortes de Lobo Antunes.


Não te perguntes o que podes fazer pela tua editora, critica-a em público


Ai o grupo Leya… Coitados. Não deve ser pêra doce ter de gerir alguém como o Lobo Antunes. O mais espantoso nesta frustrante história é que já em 2008, na entrevista ao Carlos Vaz Marques, Lobo Antunes se queixava que não estava contente com a editora, dizendo que “não havia, não se sentia, não se via uma linha orientadora, um projecto editorial coerente”. Mas, quando a Dom Quixote foi integrada na Leya prometeram-lhe que seria uma editora de literatura sem concessões (introduzir riso). Pois bem, passados 6 anos e livros da Ana Zanatti e da Rita Ferro, livros infantis da Madonna e um sortido de policiais de ar duvidoso, terá a Dom Quixote conseguido esconder as suas opções de Lobo Antunes?

Na famigerada entrevista ao Diário de Notícia diz-se em alto e bom som: “o Grupo Leya tem muitas deficiências e não tem editores no sentido em que eu o entendo. São pessoas que publicam livros.” Isto depois de desacreditar o Prémio Leya, dizendo que os livros que ganharam não têm grande qualidade. Quantos terá ele lido? Ah, e diz também que o prémio tem muito dinheiro. Esses escritores pá, uns lambões a abotoarem-se com aquela dinheirama. Pouca vergonha! E as editoras a darem dinheiro a escritores?! Este mundo está perdido. Se ao menos eles fossem como o Lobo Antunes que diz que os prémios lhe dão jeito, sobretudo quando vêm com dinheiro… O quê?! Ai, querem ver que há aqui outra incoerência!

Não digo que algumas das crítica do Lobo Antunes à Leya e à Dom Quixote não sejam merecidas. Mas a relação autor/editora deve ser de confiança e de interajuda, caso contrário, de que vale todo o trabalho? O autor tem todo o direito a fazer críticas, mas à porta fechada. Mais uma vez, uma questão de elegância. Em última análise, se não é ouvido, tem bom remédio: mudar de editora! O que nos leva à pergunta que não quer calar: o que prende Lobo Antunes à Dom Quixote? Falta de opção não será. Ele dizia ao Carlos Vaz Marques que não era questão de dinheiro, que ele se borrifava para isso. Então, porque não tornar-se um eremita literário numa pequena editora? É curioso que os autores que clamam independência e criticam a lógica comercial acabem sempre em grandes grupos, uns a fazerem vídeos, outros a gravarem cds… A superioridade moral é de facto algo fácil quando se limita à verborreia. Há uma expressão americana que encaixa aqui que nem uma luva: put your money where your mouth is!


Lobo Antunes versus Saramago: nem a morte os separa


A rivalidade entre os dois escritores é famosa, ou melhor, de Lobo Antunes com Saramago, porque para ser sincero nas vezes que vi Saramago a falar de Lobo Antunes foi para relativizar ou defender-se. Aliás, ler a entrevista a Saramago seguida à de Lobo Antunes em “Os Escritores (Também) Têm Coisas a Dizer”, de Carlos Vaz Marques, permite identificar facilmente diferenças de atitude. Podia ter feito desta rivalidade o centro do meu artigo, mas as duas referências que encontrei a Saramago em entrevistas do Lobo Antunes são suficientemente elucidativas e sinceramente, sendo eu um fã confesso de Saramago, quis poupar-me a mais irritações. Vou por isso ser sintético e directo, sem adjectivar muito o que foi dito, porque não há necessidade de fazê-lo.

Na entrevista já aqui mencionada a Carlos Vaz Marques, em 2008, a respeito da inclusão da Dom Quixote no grupo Leya, o entrevistador provocou-o referindo que assim Lobo Antunes e Saramago estão no mesmo grupo. A irritação é logo evidente e, entre afirmações de que nunca leu nada de Saramago (ler um pouquinho dos “Cadernos de Lanzarote” e folheou um ou outro romance – daqui a minha saudação às pessoas que formam opiniões sobre um livro folheando-o), saiu-lhe a seguinte frase: “Ó Carlos, se me quiser arranjar competições arranje-me pessoas do meu tamanho.” (Vamos fazer um pequeno intervalo para recuperar a calma. Acho que todos precisamos… É nestes momentos que uma pessoa gostaria de fumar.)

E perguntam vocês: o que é que pode ser pior do que autonomear-se melhor do que um escritor que venceu o Nobel? Fazer pouco desse autor depois de ele ter morrido. Lembram-se da história da elegância de que falava no início, acho que se havia um resquício dessa palavra que pudesse ser associado a Lobo Antunes, na próxima passagem tudo terminará. O ponto alto da entrevista publicada em Novembro no Diário de Notícia, a respeito do Nobel:

Lobo Antunes: (…) Se um português ganhasse aquele prémio, como é tão importante seria uma alegria para as pessoas da nossa terra.

Entrevistador: Isso foi o que disse José Saramago!

Lobo Antunes: Ele disse isso? Então em alguma coisa acertou. Ele disse que era uma alegria para os portugueses?

Entrevistador: Sim, que cresceram 3 centímetros.

Lobo Antunes: Ele disse isso… Então quantos metros não cresceu ele na própria cabeça. É um homem especial e tem de ser visto da maneira como ele era, mesmo que agora tudo se vá desvanecendo devagarinho.

Quem cresceu uns metros na sua própria cabeça foi certamente Lobo Antunes quando recebeu o Prémio Jerusalém. “O Prémio quê?!”, perguntam vocês. “O Prémio Jerusalém!”, respondo eu com um ar ainda mais incrédulo. Como é que é possível que não conheçam o Prémio Jerusalém, que é o mais prestigiante do mundo literário segundo… Lobo Antunes, o único português que o recebeu, em entrevista à Fátima Campos Ferreira. Diz a sabedoria popular que uma mentira mil vezes repetida se transforma em verdade. Vamos tentar. O Prémio Jerusalém é o prémio literário mais prestigiante do mundo. O Prémio Jerusalém é o prémio literário mais prestigiante do mundo. O Prémio Jerusalém é o prémio literário mais prestigiante do mundo. O Prémio Jerusalém é o prémio literário mais prestigiante do mundo. O Prémio Jerusalém é o prémio literário mais prestigiante do mundo. O Prémio Jerusalém é o prémio literário mais prestigiante do mundo. O Prémio Jerusalém é o prémio literário mais prestigiante do mundo. (estão a sentir alguma coisa?) O Prémio Jerusalém é o prémio literário mais prestigiante do mundo. O Prémio Jerusalém é o prémio literário mais prestigiante do mundo. O Prémio Jerusalém é o prémio literário mais prestigiante do mundo. O Prémio Jerusalém é o prémio literário mais prestigiante do mundo. O Prémio Jerusalém é o prémio literário mais prestigiante do mundo. O Prémio Jerusalém é o prémio literário mais prestigiante do mundo. O Prémio Jerusalém é o prémio literário mais prestigiante do mundo. O Prémio Jerusalém é o prémio literário mais prestigiante do mundo. O Prémio Jerusalém é o prémio literário mais prestigiante do mundo. (do meu lado nada!) O Prémio Jerusalém é o prémio literário mais prestigiante do mundo. O Prémio Jerusalém é o prémio literário mais prestigiante do mundo. O Prémio Jerusalém é o prémio literário mais prestigiante do mundo. (acho que isto não vai resultar…)


Em jeito de conclusão


De quem é a culpa disto tudo? Das pessoas. Porque são elas que legitimam este actos ao acharem que alguém genial pode ser arrogante e dizer o que lhe vêm à cabeça e que nós, pobres mortais, nos devemos prostrar e sentir-nos abençoados por podermos assistir. Para mim com um grande talento, vem uma grande responsabilidade, o que ainda torna menos desculpáveis actos pouco dignos.

Não ponho em causa o valor literário da obra de Lobo Antunes. Não gostei do que li, mas acredito que haja outros livros bons. Mas também acredito que não se encaixam naquilo que é para mim um livro bom, porque os malabarismos literários, quando não são bem sustentados em boas histórias, não fazem muito o meu género. E fazendo uma análise custo benefício, acho sensato que o meu caminho e o de Lobo Antunes não se voltem a cruzar. De qualquer forma, ele próprio dizia que ninguém escreve bons livros depois dos 70 e tal anos…

quarta-feira, 23 de abril de 2014

O Dia Mundial do Livro em Portugal



23 de Abril é uma data marcante no mundo literário. Shakespeare e Cervantes morreram a 23 de Abril de 1616. Também a 23 de Abril, mas de 1899, Nabokov nascia e, 3 anos depois, nesse mesmo dia, nascia o prémio Nobel Halldór Laxness. Mais perto dos nossos dias, em 1981, Josep Pla, o prestigiado autor catalão, morreria, pasme-se, também a 23 de Abril. Autores do mundo, cuidado com este dia! Fechem-se nos vossos quartos a dormir e voltem apenas ao mundo no dia 24, não vá o diabo tecê-las...

Sendo 23 de Abril um íman de acontecimentos relevantes na área da literatura, a UNESCO, em 1995, decidiu estabelecê-lo como o Dia Mundial do Livro, com o intuito de criar acções de promoção da leitura. E Portugal não é excepção nestas comemorações, com várias iniciativas que prometem um dia agitado para os leitores mais atentos. Já decidiram como vão celebrar o dia? Aqui ficam algumas opções.


Fundação José Saramago

Inauguração da exposição de desenhos de Rogério Ribeiro inspirados em “O Ano de 1993” de José Saramago.



Mariposa Azual

Todos os livros com 50% de desconto, é a promessa desta editora independente de cujo catálogo se destacam as obras “Groto Sato” de Raquel Nobre Guerra (Prémio Primeira Obra na última edição dos prémios PEN Clube Português) e “Obra” de Adília Lopes (que reúne 15 livros da poetisa, com gravuras de Paula Rego).


Wook

A maior (e melhor) livraria online portuguesa presenteia os clientes com 25% de desconto em encomendas (20% de desconto directo + 5% acumulado na Plano Poupança Leitura, para utilizar numa compra futura). São abrangidos pela promoção todos os livros, excepto eBooks, livros escolares e técnicos, encomendados no dia 23 de Abril e pagos até ao dia 25 de Abril, sendo também os portes gratuitos para Portugal Continental (30% de desconto nos portes de envio para os Açores e Madeira).


Bertrand

Mais de 1000 livros espalhados pelo país. Onde exactamente? Mistério…



Leya


Um prato cheio, é o que a Leya tem para oferecer aos seus leitores neste dia. Ora vejam bem: entre as 11h e as 15h a equipa editorial do grupo andará pelas livrarias Bulhosa, Almedina e El Corte Inglês, de Lisboa e Oeiras, a prestar aconselhamento aos leitores; nas livrarias Leya e parceiras, na compra de livros recebe-se de oferta “Geração X” de Douglas Coupland e, entre as 18h e as 19h há a Hora Leya, com descontos até 45%; há ainda cartoonistas a fazerem caricaturas de clientes, montras concebidas por escritores e várias sessões de autógrafos, numa sucessão de acontecimentos capaz de deixar sem fôlego o mais energético dos seres. Podem consultar aqui todas as actividades.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Saramago a metade do preço


Desde o anúncio de que a obra de Saramago deixaria de ser publicada pela Leya que uma questão se impunha: quando começariam as grandes promoções com os livros do autor? E passados quatro meses cá estão elas. Na Leyonline está disponível, até 21 de Abril, uma selecção de obras (ampla, mas à qual faltam os títulos principais) com 50% de desconto. A mesma promoção está também disponível na Almedina, mas neste caso a selecção é um pouco mais restrita (os títulos principais continuam de fora) mas a duração é maior – a promoção estará disponível até 27 de Maio.

Um dos livros que se encontra nos dois sites é “O Homem Duplicado” mas, se estão a pensar comprá-lo, tenham em atenção que a FNAC também tem uma promoção Saramago, em que oferece este livro na compra de um dos livros do autor integrados na promoção, até 23 de Abril (só neste promoção é que está disponível o “Memorial do Convento” ou “O Ano da Morte de Ricardo Reis”). Recomendo-vos o seguinte: em vez de pagarem 8.45€ por ele na Almedina ou na loja online da Leya, comprem na FNAC o “O Conto da Ilha Desconhecida” por 5.9€ e recebam o “O Homem Duplicado" de borla. Ficam com dois livros e poupam mais de 2€. Se gostarem de literatura infantil, melhor, na pior das hipóteses ficam com uma prenda em stock para uma criança.

Deixo-vos com alguns dos livros mais emblemáticos de Saramago que podem encontrar na Leyaonline e na Almedina a metade do preço:

História do Cerco de Lisboa” – 8.45€
As Intermitências da Morte” – 8.45€
Ensaio Sobre a Lucidez” – 8.45€
Todos os Nomes” – 7.45€

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

A dependência dos livros - edição Fevereiro de 2014


Compras de grande envergadura. Assim descreveria o meu mês de Fevereiro, dedicado que foi à compra de duas obras fundamentais de dois escritores incontornáveis, que já estavam no meu radar há bastante tempo. Falo de “Todos os Contos” de Edgar Allan Poe editado pela Quetzal, cujo primeiro volume infelizmente há muito que está esgotado e o segundo não vai tardar muito a também desaparecer dada a descida de preço de 40€ para menos de 18€. Um dos meus hábitos é ver-me livre de capas descartáveis de livros sempre que estas não me agradam e neste caso a horrorosa capa de folhas secas que cobria o livro escondia uma capa dura trabalhada com todo o primor. Nem precisei pensar duas vezes.

Curiosamente, o segundo livro que comprei, a “Poesia Completa” de Miguel Torga (um pack da Dom Quixote bem bonito, com 2 volumes), também se encontrava com uma baixa de preço significativa, tendo passado de mais de 40€ (segundo me recordo) para cerca de 30€. Parece caro? Bom, considerando que a “Antologia Poética” recentemente editada custa cerca de 23€ e cada volume separado da “Poesia Completa” está perto dos 25€, eu diria que é uma excelente compra. Se querem ter poesia do Torga não façam-se à vida porque já há poucos packs nas lojas. Comprei o meu na loja online da Leya ( já não está disponível), mas pelo que sondei ainda se avistam exemplares do livro na Ferin e na Bulhosa.

E para completar este belo ramalhete, que tal um livrinho de um Prémio Nobel por truta e meia? Neste caso, por 4.5€, que foi quanto me custou “O Amor e o Escárnio” de Dário Fo editado pela Gradiva. Um mês em grande!

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Cheiro a livro novo - Janeiro de 2014


Uma pobreza franciscana. Assim se pode descrever este início de ano em termos editoriais. Poucas novidades e as saídas mais mediáticas não foram as de livros, mas antes a de Saramago e João Tordo da Leya (Saramago entretanto já acolhido na Porto Editora).

Se há algum esforço na Leya para que não seja óbvio que as coisas não andam bem, será certamente muito tímido. Basta olhar para o que as novidades das editoras do grupo em Janeiro e percebe-se que os tempos não estão para grandes investimentos. Digna de nota, portanto, apenas a reedição da “Antologia Poética” de Miguel Torga pela Dom Quixote. Mas, conselho de amigo: se querem comprar poesia do Torga, ainda circula por algumas lojas uma edição da poesia completa do autor, com 2 volumes num único pack, e cujo preço é pouco maior do que o desta antologia.

Falando ainda de autores portugueses, a Tinta da China publicou “Traição”, uma peça de teatro de Luís Mário Lopes, vencedora do Prémio Luso-Brasileiro de Dramaturgia António José da Silva. Saúde-se o regresso da Tinta da China à ficção, e particularmente à portuguesa, após uma grande leva de não-ficção. Quem ficava bem entregue nas suas mãos era o João Tordo, mas a ver vamos o que o futuro reserva. Destaque também na Tinta da China para um novo livro da colecção de literatura de viagens, “Hav” de Jan Morris, o segundo livro do autor nesta colecção e que foi finalista do Booker Prize.

Também finalista do Booker Prize, em 2013, foi “Planície” de Jhumpa Lahiri, que a Relógio D’Água se prepara para editar. Mas a Relógio D’Água nunca esquece os clássicos e este mês iniciou a publicação das "Obras Escolhidas" de Virgínia Woolf, em capa dura, juntando num único volume 4 dos seus livros mais conhecidos: “Orlando”, “As Ondas”, “Mrs. Dalloway” e “Rumo ao Farol”.

E, por falar em clássicos, a Quetzal anunciou para breve o início de uma colecção de clássicos, que será inaugurada por “Anatomia da Melancolia” de Robert Burton e “Páginas Escolhidas” de Samuel Johnson. Para já, a Quetzal editou um clássico mais moderno e que desde o fim da Difel estava afastado das livrarias. Falo de “Nove Histórias” de J. D. Salinger.

Com tanta ficção, que tal um livrinho de não-ficção para desenjoar? A Antígona inicia o ano com o ensaio de CondorcetReflexões sobre a Escravidão dos Negros” e “A Escravatura – Subsídios Para a Sua História” de Edmundo Correia Lopes. A ver vamos, que outras novidades terá a Antígona preparadas para 2014.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Em discussão: Julguemos os livros pelas capas



Na Feira do Livro, no último dia de compras, dei por mim na banca da Gradiva. Depois de vasculhar a zona das promoções, encontrei 2 livros a 5€: “Um Almoço Nunca é de Graça” do David Lodge e “Corpo Presente” da Anne Enright. Não tinha lido nada de nenhum dos autores, mas estavam os 2 bem referenciados: um esteve na shortlist do Booker, o outro ganhou-o. Alguns amigos defendem ardentemente o valor do David Lodge, mas li os textos das contracapas e pareceram-me ambos interessantes. Que livro acabei por comprar? O de Anne Enright, e podia aqui arranjar mil e uma justificações pomposas, mas a verdade é que o comprei porque a capa era mais bonita (embora não fosse nada de especial).

Ontem estava no Book Depository à procura de edições do “The Perks of Being a Wallflower” do Stephen Chbosky (que comprarei num dos próximos meses) e adivinhem que edição escolhi? Mais uma vez, a que tinha a capa mais bonita.

Neste momento estão já os puristas da literatura a ter um ataque e a vociferar contra a futilidade das minhas decisões. Mas, por muito importante que o conteúdo do livro seja, a sua componente material também o é, caso contrário, para quê comprar livros? Porque não aderir em exclusivo aos ebooks? Para quem quer manter vivas as edições em papel dos livros, secundarizar a importância da componente estética não é um bom caminho, mas a verdade é que muitas editoras ainda não chegaram a esta conclusão.

Há umas semanas a The New Yorker publicava um artigo de Tim Kreider, ensaísta e cartoonista, com um título bem sugestivo: “The Decline and Fall of the Book Cover”. Kreider abre-nos as portas para os bastidores do mundo editorial e dos processos de decisão a respeito das capas, quase totalmente controlados pelas equipas de Marketing. E uma realidade parece óbvia: as capas dos livros são cada vez mais semelhantes. Chegamos então ao cúmulo de os marketeers, que deveriam advogar a diferença e lutar para que o produto, neste caso o livro, se diferencie no mercado, se tornaram em defensores do “vamos fazer como os outros”. Dominados pelo medo de ferir susceptibilidades, de tomar alguma decisão que não agrade a alguém, criam-se capas estéreis, banais, que são tão neutras que se tornam irrelevantes.

É verdade que a capa não é o factor determinante na decisão de comprar um livro. Mas importa também distinguir 2 realidades: comprar um livro de um autor conhecido e de um autor desconhecido. Se conhecemos o autor, a capa terá uma importância muito secundária. Não vou deixar de ler Tolstoi porque o livro tem a capa feia. Afinal de contas é Tolstoi! Mas se calhar, se estiver com o “Guerra e Paz” numa mão e o “Anna Karénina” noutra, a capa mais interessante é capaz de me convencer. No caso de um autor desconhecido, se não tenho qualquer informação adicional, que remédio tenho se não deixar que a capa me revele algo sobre a qualidade do livro.

E falando das capas enquanto reveladoras da qualidade dos livros, um grande flagelo do mercado editorial actual é a percepção do género do público a que o livro se destina e a adequação da capa em sua função. Maureen Johnson escreveu no Huffington Post a respeito desta questão, e há que reconhecer: a tendência é para que uma escritora tenha uma capa “feminina”, o que limita de imediato o livro a ser “um livro para gajas”, ou seja, de fraca qualidade. Maureen propôs inclusive um exercício chamado Coverflip, em que o desafio é simples: imaginar que capa teria um livro se o seu autor tivesse sido alguém do sexo oposto. E de facto, os resultados dão muito que pensar. Facilmente nos apercebemos do poder manipulador que algumas capas têm.

Recentemente deparei-me no nosso mercado com um caso paradigmático de como uma capa pode limitar o público de uma escritora. Falo da Isabel Allende e das reedições das suas obras pela Porto Editora. Um grave erro foi cometido! É praticamente impossível um homem (e algumas mulheres!) comprar alguns dos livros sem se sentir extremamente ridículo. Fiquei contente quando soube que, após o desaparecimento da Difel, a Porto Editora tinha decidido reeditar a obra da Isabel Allende. Estava com muita vontade mesmo de comprar o “Paula”, mas quando vi a capa pensei “NÃO!!!” Um erro. Um enorme erro. Limitar Isabel Allende à categoria de escritora para mulheres é um preconceito enorme e uma total falta de compreensão da importância da sua obra.

Mas nem só de capaz más e preconceituosas vive o mercado. Kreider dizia no seu artigo que a época das capas com ilustrações tinha terminado. Já ninguém o fazia. E eu pensei “a Tinta da China faz!” E de facto, falar da importância do design dos livros em Portugal é falar da Tinta da China, uma das poucas editoras a perceber que concebendo o livro como uma peça artística, as pessoas têm uma maior percepção do “value for money” e que, em vez de 15€ por um livro, se calhar estão dispostas e pagar 25€. É um risco? É sim. Mas tanto quanto sei a vida não tem corrido mal à Tinta da China, portanto, se calhar, correr riscos compensa. Há outras editoras que se destacam também pelo cuidado gráfico nas suas edições: a Relógio d’Água, a Quetzal, a Sextante, a Antígona, a Divina Comédia e a Cavalo de Ferro, por exemplo. Na Leya depende muito do autor (as colecções do Saramago e do Vargas Llosa são bons exemplos de edições cuidadas, mas outros autores não têm a mesma sorte). Mas a Tinta da China joga noutra liga, no que ao design diz respeito.




Acima de tudo, parece-me que algumas editoras têm de acarinhar mais os seus livros. Eu posso ter um filho e gostar muito dele e pensar que ele tem grandes qualidades intelectuais, mas se o mandar mal vestido para a escola estou a condicionar a percepção dos outros. E nos tempos que correm a percepção é tudo. Já dizia o outro: não basta sê-lo, há que parecê-lo.