terça-feira, 26 de maio de 2015

O dia em que Margaret Atwood me deu um autógrafo


Há uns tempos falei-vos do projecto Future Library, que vai desafiar 100 escritores, ao longo de 100 anos, a escreverem livros que serão guardados numa biblioteca em Oslo, ao mesmo tempo que numa floresta crescem 100 árvores que daqui 100 anos serão utilizadas para produzir o papel em que os livros serão impressos e finalmente dados a conhecer ao público. Margaret Atwood teve a honra de ser a escritora escolhida para dar início ao projecto e hoje foi o dia em que o seu manuscrito foi oficialmente entregue.

Para assinalar este dia marcante, a Future Library organizou um passatempo na página de Facebook, em que o prémio era um exemplar exclusivo da capa do livro de Margaret Atwood em versão digital, autografada pela escritora e por Katie Paterson, a artista que concebeu o projecto. Pois bem, a sorte esteve do meu lado e, tal como outras 49 pessoas, tive a honra de receber a minha capa hoje por email e não pude resistir a partilhá-la convosco.

Tenho uma capa autografada de um livro que nunca poderei ler. E esta hein?

4 comentários:

  1. Congratulo-me muito com a sua satisfação, embora preferisse ler a obra, mas suspeito que tal me para sempre vedado.
    Conhecendo bem os títulos publicados de Atwood nada de estranhar que tenha sido selecionada para essa biblioteca, pois além de ser um nome maior da ainda pouco conhecida por cá literatura do Canada (havendo mesmo uma discussão entre os que a colocam acima de Munro e outros precisamente ao contrário, mas eu gosto das duas), mas também porque ela tem várias obras distópicas sobre a evolução do presente (não tanto ficção científica, pois não é o evoluir da tecnologia que ela pretende realçar, mas sim alertar para reflexão social sobre o futuro como Bradbury e Orwell).

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    1. Também preferia ler a obra, mas como dizem os nossos amigos brasileiros "não adianta dar murros em ponta de faca". Tenho muita curiosidade de ler o "A História de Uma Serva". Talvez o compre na Feira do Livro...

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  2. Talvez o mais chocante... pelo menos impressionou-me mais que o Oryx e Crake o Ano do Dilúvio, igualmente na onda distópica, mas o mais completo de todos, pois reúne várias vertentes de Atwood é mesmo O Assassino cego, que inclusive foi Booker prize.

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  3. É no mínimo biizarro ter uma capa de um livro autografado que nunca se vai conseguir ler... mas achei o projecto mt interessante

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