domingo, 27 de abril de 2014

Os escritores mais influentes da actualidade, segundo a Time


Binyavanga Wainaina é um escritor. É queniano. É homossexual. E, segundo a revista Time, é uma das 100 personalidades mais influentes do mundo em 2014. Porquê? Basta investigar um pouco sobre o assunto para perceber. Na sequência de uma vaga de leis anti-gay aprovadas em África, Wainaina decidiu, em Janeiro deste ano, assumir publicamente a sua homossexualidade com a publicação do conto “I Am a Homosexual, Mum”. Mas deixemos Wainaina falar:

“I am twenty nine. It is 11 July, 2000. I, Binyavanga Wainaina, quite honestly swear I have known I am a homosexual since I was five. I have never touched a man sexually. I have slept with three women in my life. One woman, successfully. Only once with her. It was amazing. But the next day, I was not able to.
It will take me five years after my mother’s death to find a man who will give me a massage and some brief, paid-for love. In Earl’s Court, London. And I will be freed, and tell my best friend, who will surprise me by understanding, without understanding. I will tell him what I did, but not tell him I am gay. I cannot say the word gay until I am thirty nine, four years after that brief massage encounter. Today, it is 18 January 2013, and I am forty three.”
Wainaina é uma das vozes mais promissoras da literatura africana, tendo ganho em 2002 o Caine Prize for African Writing que distingue, anualmente, o melhor conto em inglês publicado por um autor africano.
Dos quatro escritores incluídos na listagem da Time, Wainaina é o único não editado em Portugal. Arundhati Roy é a mais prestigiada do grupo, tendo vencido em 1997 o The Man Booker Prize com o livro “O Deus das Pequenas Coisas”, editado entre nós pela ASA. Para além deste livro, estão ainda publicadas em Portugal três outras obras desta autora indiana: “Pelo Bem Comum” e "O Fim da Imaginação" (ASA) e “O Perfil do Monstro” (Bertrand).

Completam o grupo dos escritores John Green, um autor juvenil com três livros publicados em Portugal (“Cidades de Papel” pela Presença; “À Procura de Alaska” e “A Culpa é das Estrelas” pela ASA) e Donna Tartt, a vencedora deste ano do Pulitzer Prize for Fiction, de quem a Dom Quixote publicou "A História Secreta" e "O Pequeno Amigo" (shortlist do Orange Prize for Fiction em 2003).

10 comentários:

  1. Bolas, fico triste por descobrir que o meu primeiro romance não vai ser influenciado por nenhum dos escritores mais influentes do mundo.

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    1. E já há data para o lançamento e editora Luís, ou ainda está tudo no segredo dos deuses?

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    2. Segredos não há; há é muito trabalho pela frente antes de começar a contactar editoras.

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    3. Desejo-lhe sorte Luís e quando tiver novidades diga qualquer coisa! Ainda se consegue comprar o seu livro de poesia? Andei pelas lojas online e já não o encontrei disponível.

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    4. O João pode comprá-lo através da Bulhosa:

      http://www.bulhosa.pt/livro/que-a-noite-aprendeu-do-gato-o-luis-miguel-rosa/

      Já não é um livro que me interesse muito, raramente me lembro dele. Depois de publicado comecei a perceber que estava tudo mal e tinha de enveredar por uma forma mais exigente de poesia. A poesia que tenho escrito é diferente, não sei se melhor, mas pelo menos gosto mais do resultado.

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    5. Obrigado! Tinha passado pelo site da Bulhosa mas como nem sempre têm o que não está em stock, fiquei na dúvida.

      O que lhe aconteceu é algo muito habitual em escritores em primeiras obras, o não se reverem muito naquilo que fizeram. Outro autor que conheci disse-me exactamente o mesmo.

      Enfim Luís, este vai já para a lista de compras e espero vir a ler o seu romance e nova poesia em breve. Também me ando a debater internamente com umas ideias para escrever, mas está-me a custar a começar. Há sempre aquele efeito aterrorizador da folha em branco… Vamos ver no que dá.

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    6. Quanto ao livro de poesia, presumo que a Bulhosa o terá; a edição não esgotou, aliás acho que nem vendeu nada, por isso deverá conseguir comprar uma cópia. Se não conseguir, tenho algumas cópias, posso enviar-lhe uma.

      Quanto à folha branca, essa não me assusta, pois ideias não me faltam. Aliás estou preocupado porque recentemente contei o número de palavras, e vou nas 270,000, o que significa que é ligeiramente mais longo do que Crime e Castigo, que geralmente atinge as 650 páginas. Nenhuma editora se vai interessar por um livro tão longo de um romancista desconhecido e sem uma base de fãs já criada. Por isso tenho plena consciência de que neste momento não estou a escrever para nada senão para o meu prazer pessoal.

      O que me assusta é saber se tenho ou não a sensibilidade para perceber o que é bom e o que deve ser mudado. Nada me assusta mais do que poder estar a escrever um mau livro. O mundo não precisa de mais.

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    7. Vou tentar encomendar na Bulhosa e depois digo-lhe.

      Ideias também tenho Luís, mas a sua concretização assusta-me. É um bocado o medo de que fala, de produzir algo com pouca qualidade, não é tanto o não conseguir encher a página em branco.

      No seu caso, pense positivo (e o que lhe vou dizer vai-lhe parecer tudo menos positivo): é sempre melhor partir de muito e editar, cingir ao essencial, do que ter pouco e ter de escrever mais. É claro que ao autor lhe parece sempre tudo essencial, é sempre um parto difícil. Mas se quiser uma opinião sincera e desinteressada, pode contar comigo. Desejo-lhe muita sorte para a árdua tarefa que o espera!

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    8. Obrigado, João, talvez lhe venha a pedir uma opinião, assim que o texto estiver mais próximo daquilo que desejo.

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    9. Esteja à vontade Luís! É só combinarmos.

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